#903: CCJ do Senado aprova PEC da Transição; leia o PDF do parecer

#903: CCJ do Senado aprova PEC da Transição; leia o PDF do parecer
Link copiado!

#903: CCJ do Senado aprova PEC da Transição; Correio Sabiá mostra o PDF do parecer

Texto abre espaço para pagamento do Bolsa Família de R$ 600 fora do teto de gastos em 2023
Mesa: vice-presidente do Senado Federal, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB); presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União-AP); senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR); relator da PEC 32/2022, senador Alexandre Silveira (PSD-MG) / Foto: Roque de Sá/Agência Senado
No centro da mesa, o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União-AP) / Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Saiba a Agenda da Semana, com a previsão dos principais eventos políticos e econômicos deste e dos próximos dias.

Ao financiar nosso trabalho, sua experiência no Correio Sabiá fica melhor e você ainda ajuda no combate à desinformação.

CCJ aprova PEC da Transição; texto vai ao plenário

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta terça-feira (6.dez.2022) a PEC (proposta da emenda à Constituição) da Transição, que agora segue para votação no plenário (ou seja, por todos os 81 senadores). A votação no plenário foi marcada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para esta quarta-feira (7.dez).

Eis a íntegra do parecer aprovado na CCJ, em PDF

O cronograma segue as informações publicadas pelo Correio Sabiá na Agenda da Semana, que tem o objetivo de dar mais previsibilidade ao noticiário. É um conteúdo com atualizações diárias e que mostra os principais eventos políticos e econômicos marcados para estes dias.

Assobio: por questões de transparência, o Correio Sabiá sempre publica íntegra de documentos oficiais e dá links para projetos e outros atos normativos, como descrevemos em nossa seção Quem Somos deste site. É uma forma de empoderar a audiência a partir do entendimento.

Mostramos numa ampla reportagem publicada no Correio Sabiá todos os detalhes da PEC da Transição. O texto pretende adequar o Orçamento de 2023 para permitir, entre outras coisas, o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 no ano que vem.

Leia também: Entenda a PEC da Transição, que viabilizará Auxílio Brasil de R$ 600

À bancada, autor da PEC e relator do Orçamento para 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI) / Foto: Roque de Sá/Agência Senado
À bancada, autor da PEC e relator do Orçamento para 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI) / Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Eis alguns pontos relevantes da PEC da Transição

Impacto total da PEC da Transição

O governo eleito poderá pagar o Bolsa Família de R$ 600, mais R$ 150 por criança de até 6 anos, a partir de janeiro. O impacto fiscal total da PEC da Transição é de R$ 168 bilhões, sendo que:

  • R$ 145 bilhões são para o Bolsa Família; e
  • R$ 23 bilhões são para investimentos, caso haja um eventual excesso de arrecadação. 

Assim, abre-se margem no Orçamento de 2023 para Saúde, Educação e Segurança, por exemplo, além de garantia de dinheiro para programas sociais, como o Farmácia Popular e para a construção de casas populares. A fonte dessas informações é a Agência Senado.

Teto de gastos

Tecnicamente, a proposta aprovada na CCJ não retira o Bolsa Família do teto de gastos (regra que limita o crescimento das despesas públicas), mas expande o limite desse teto em R$ 145 bilhões para garantir o pagamento do benefício.

Prazo da PEC da Transição

O prazo do aumento do teto é fixado em 2 anos, e não 4, como constava no texto original. 

Entenda a tramitação da PEC da Transição

Protocolada pelo número de PEC 32/2022, a PEC da Transição seguiu para a CCJ do Senado, onde teve sua constitucionalidade analisada. Agora, segue ao plenário do Senado, onde precisa ser aprovada por no mínimo 49 dos 81 senadores (3/5) em 2 turnos de votação.

Em seguida, segue para a Câmara, onde precisa do aval de ao menos 308 dos 513 deputados federais (3/5), também em 2 turnos de votação.

Se não sofrer modificações na Câmara, o texto passa para sanção pelo Congresso Nacional (não há sanção presidencial em caso de PECs).

Se for modificada, a proposta terá que retornar ao Senado para uma nova apreciação e aprovação por ao menos 3/5 da Casa, de novo, em 2 turnos de votação.

Petrobras reduz preço da gasolina e do diesel às distribuidoras

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (6.dez.2022) a redução do preço da gasolina e do diesel às distribuidoras. O reajuste começa a valer a partir desta quarta-feira (7.dez). Eis abaixo as reduções:

  • gasolina: de R$ 3,28 para R$ 3,08 por litro, (-6,1%);
  • diesel: de R$ 4,89 para R$ 4,49 (-8,2%).

O litro da gasolina caiu pela última vez em 2 de setembro, de R$ 3,53 para R$ 3,28. Já o preço do diesel foi alterado pela última vez em 20 de setembro, quando caiu de R$ 5,19 para R$ 4,89. 

Nota: os postos de combustíveis têm liberdade para estabelecer os preços, portanto a redução da gasolina e do diesel na bomba depende de uma combinação de fatores e interesses. A redução do valor repassado às distribuidoras não quer dizer, necessariamente, que haverá redução aos consumidores.

Chegou agora? Entenda o noticiário desta semana

A semana começa com jogo do Brasil contra a Coreia do Sul, às 16h, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, nesta segunda-feira (5.dez.2022). Se der tudo certo (e vai dar), o Brasil joga de novo na sexta-feira (9.dez), às 12h, contra o vencedor de Croácia e Japão. ?? 

Enquanto ocorre a Copa, separamos as notícias essenciais e os eventos previstos para os próximos dias, para que você realmente entenda o noticiário. A Agenda da Semana (conteúdo atualizado diariamente) mostra, por exemplo, todos os projetos que devem ser analisados no Senado nesta semana.

Destaque: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pautou para quarta-feira (7) a PEC (proposta de emenda à Constituição) da Transição, que trata do furo do teto de gastos (regra que limita o aumento das despesas públicas) para permitir o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023.

Pergunte algo sobre essa notícia

O texto adequa o Orçamento do ano que vem ao cumprimento de promessas de campanha. Mostramos no Correio Sabiá tudo o que você precisa saber sobre este assunto, com uma ampla reportagem. Entenda a PEC da Transição, que viabilizará Auxílio Brasil de R$ 600. A apreciação do texto na quarta-feira (7), no entanto, depende do aval da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

A Agenda da Semana ainda mostra outros eventos relevantes que estão previstos para este e para os próximos dias. Ela indica que será necessário acompanhar a equipe de transição, tendo também atenção a indicadores econômicos. Nesta segunda-feira (5), por exemplo, foi divulgado o Boletim Focus pelo Banco Central. Ele reúne as principais expectativas dos agentes do mercado sobre a economia.

  • A projeção do PIB (Produto Interno Bruto) para 2022 subiu de 2,81% para 3,05% da semana passada para esta; em 2023, o crescimento esperado foi ajustado de 0,70% para 0,75%;
  • A projeção de inflação para este ano também subiu, de 5,91% para 5,92%; para 2023, o ajuste foi de 5,02% para 5,08%;
  • A taxa básica de juros em 2022 deve fechar inalterada em 13,75%; para 2023, a expectativa na semana passada era de 11,50%, mas agora é de 11,75%.

Aliás, é nesta terça-feira (6) que começa a última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) neste ano. O encontro termina na quarta-feira (7), com anúncio sobre a taxa de juros do país. É consenso de que ela vai ficar no mesmo patamar, como mencionado acima: 13,75%.

Na sexta-feira, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a inflação de novembro, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Esse noticiário econômico será mesclado com declarações sobre responsabilidade fiscal e com as expectativas sobre anúncios da equipe ministerial do governo que assume a partir de 1º de janeiro de 2023.

O ex-prefeito de São Paulo e candidato derrotado ao governo do estado de São Paulo, Fernando Haddad (PT), continua cotado para assumir o Ministério da Economia. E o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta a atuar em Brasília, presencialmente, para dar celeridade no andamento da PEC da Transição.

Pergunte algo sobre essa notícia

Relembre abaixo as últimas notícias essenciais da semana passada

PT define ministérios que não abre mão e entra em atrito com aliados

Um dos maiores desafios de Lula para montar o governo seria acomodar aliados. Isso porque o PT teria apresentado uma lista dos ministérios dos quais não abre mão, o que entra em atrito com as alianças feitas em campanha.

Seria o caso, por exemplo, da área Social que cuidaria do Bolsa Família. É interesse da senadora Simone Tebet (MDB-MS), mas o PT faz questão de manter o programa consigo. Trata-se de capital político. 

A expectativa é de que haja de 15 a 20 ministérios para agradar aliados. O que já se sabe até agora:

  • Ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) continua sendo bastante cotado para o Ministério da Economia.
  • A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR-RS), não será ministra, assim como também não será ministro o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), conforme indicou Lula. 

Outra pasta-chave para o PT é a Educação. Ainda não se sabe quem vai assumi-la, mas o partido quer para si.

Pergunte algo sobre essa notícia

Vale sempre lembrar que você pode e deve seguir o Correio Sabiá, @correiosabia, em todas as redes sociais: combatemos a desinformação, porque achamos que uma sociedade bem informada toma decisões melhores.

Este resumo costuma ser enviado por volta das 7h para quem financia o Correio Sabiá. O financiamento é voluntário e MUITO importante para continuarmos fazendo nosso trabalho. Em seguida, por volta das 8h, foi enviado gratuitamente para mais de 3,5 mil leitores do Correio Sabiá no WhatsApp, como forma de distribuir conteúdo confiável nas redes e combater a desinformação. Clique aqui para receber.


Apoie nossos voos

Fazemos um trabalho jornalístico diário e incansável desde 2018, porque é isso que amamos e não existe nada melhor do que fazer o que se ama. Somos movidos a combater a desinformação e divulgar conhecimento científico.

Fortalecemos a democracia e aumentamos a conscientização sobre a preservação ambiental. Acreditamos que uma sociedade bem-informada toma decisões melhores, baseadas em fatos, dados e evidências. Empoderamos a audiência pela informação de qualidade.

Por ser de alta qualidade, nossa operação tem um custo. Não recebemos grana de empresas, por isso precisamos de você para continuar fazendo o que mais gostamos: cumprir nossa missão de empoderar a sociedade civil e te bem-informado. Nosso jornalismo é independente porque ele depende de você.

Apoie o Correio Sabiá. Cancele quando quiser.