#898: Chegou agora? Saiba as notícias da semana

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#898: Chegou agora? Entenda as notícias desta semana

Lula chega a Brasília e atuará para destravar a PEC da Transição
Entenda o noticiário: Correio Sabiá faz a ponte entre as principais notícias da semana passada e o que está no radar nestes dias para que você realmente fique bem informado/a / Foto: Marvin Meyer/Unsplash
Entenda o noticiário: Correio Sabiá faz a ponte entre as principais notícias da semana passada e o que está no radar nestes dias para que você realmente fique bem informado/a / Foto: Marvin Meyer/Unsplash

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Entenda como deve ser o noticiário nesta semana

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a princípio, iria para Brasília na semana passada. Não foi. Mas a partir desta segunda-feira (28.nov.2022), Lula passa a ter uma série de compromissos na capital. Um dos maiores objetivos deve ser destravar a PEC (proposta de emenda à Constituição) da Transição.

Leia também: Entenda a PEC da Transição, que viabilizará Auxílio Brasil de R$ 600

Espera-se ainda que Lula defina quem vai integrar o grupo de trabalho da Defesa (o futuro ministro deve ser um civil). Há a possibilidade de já nomear ministros. Cotado para assumir a Fazenda, ex-prefeito de São Paulo e candidato derrotado ao governo do estado de São Paulo, Fernando Haddad viajou com o presidente eleito para Brasília.

Dentro do PT, há aliados de Lula que defendem a indicação rápida de quem será o ministro da Fazenda para que avancem as negociações da PEC (proposta de emenda à Constituição) da Transição. Mostramos no Correio Sabiá na semana que passada que o senador Jaques Wagner (PT-BA) foi um desses petistas. As declarações dele, no entanto, foram criticadas pela presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Devem estar no radar dos leitores quaisquer declarações sobre responsabilidade fiscal. Lula e aliados fizeram críticas ao teto de gastos e ao mercado financeiro nas últimas semanas. O vice-presidente eleito e coordenador geral da transição, Geraldo Alckmin (PSB), tentou acalmar os ânimos. Disse que responsabilidade fiscal e avanços sociais não são incompatíveis.

É com Alckmin que Lula tem seu 1º compromisso em Brasília nesta segunda-feira (28), às 11h30, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), onde foi instalado o gabinete da transição de governo. Nos próximos dias, Lula deve se encontrar mais uma vez com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para destravar a PEC.

O presidente eleito, no entanto, não deve assistir ao jogo do Brasil nesta segunda (28) junto com aliados e jornalistas, por causa do aumento dos casos da covid-19. Também mostramos no Correio Sabiá que o uso de máscaras de proteção facial voltou a ser obrigatório em aeroportos e aviões do país a partir da última sexta-feira (25.nov). A obrigatoriedade tinha deixado de vigorar no dia 17 de agosto deste ano.

Aliás, na última quarta-feira (23.nov), o grupo de trabalho que trata da área temática da Saúde teve reunião com o ministro Marcelo Queiroga (Saúde). Nas imagens que foram divulgadas nas redes sociais, os integrantes da equipe de transição usam máscara de proteção facial. Já os integrantes do governo, não.

Ainda na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a frequentar o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, onde tem gabinete. Ele ficou 20 dias sem ir ao local. A última vez havia sido foi no dia 3 de novembro, quando cumprimentou o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

Por fim, para que você relembre: o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, rejeitou na última quarta-feira (23) o pedido do PL (Partido Liberal) que questionou a credibilidade de mais de 250 mil urnas eletrônicas na última terça-feira (22.nov). Mais do que isso, Moraes:

  • condenou a coligação do presidente Jair Bolsonaro (PL), formada pelo PL, PP (Progressistas) e Republicanos, ao pagamento de multa de R$ 22 milhões por litigância de má-fé (ou seja, o ministro entendeu que o pedido que questionava a credibilidade das urnas tinha objetivo de tumultuar a eleição);
  • determinou o bloqueio do Fundo Partidário dos 3 partidos que integram a coligação.

Depois disso, Moraes retirou os partidos que integravam a coligação com o PL (Progressistas e Republicanos) da decisão. Manteve apenas o PL.

Para entender esse caso: depois dos questionamentos do PL sobre as urnas no 2º turno, Moraes havia dito que, então, a credibilidade das urnas no 1º turno também teria que ser questionada, já que foram as mesmas. Deu prazo de 24 horas para que o PL fizesse isso. Só que o PL não fez. Pelo contrário. A sigla manteve a posição de apenas questionar o 2º turno, no qual perdeu a eleição presidencial.

Lembrando: o PL saiu amplamente favorecido da eleição, porque elegeu a maior bancada da Câmara, com 99 deputados federais (de 513), e ainda fez 8 senadores (de um total de 27 eleitos). Por que as urnas valem para a eleição na qual o partido teve bom resultado, mas não valem para o resultado presidencial? 

Lula, na condição de presidente eleito, se reuniu com Alexandre de Moraes, dia 9 de novembro de 2022 / Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE
Lula, na condição de presidente eleito, se reuniu com Alexandre de Moraes, dia 9 de novembro de 2022 / Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

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