Rússia e Ucrânia: Zelensky diz que deixaria presidência por fim da guerra e entrada na Otan

Presidente ucraniano deu a declaração dias após o presidente dos EUA, Donald Trump, chamá-lo de 'ditador'; entenda

Rússia e Ucrânia: Zelensky diz que deixaria presidência por fim da guerra e entrada na Otan
Nas redes sociais, Zelensky publicou que "neste ano, devemos fazer todo o possível e o impossível para alcançar uma paz de verdade" / Imagem: Reprodução/X (antigo Twitter)
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O presidente da Ucrânia 🇺🇦, Volodymyr Zelensky, declarou neste domingo (23.fev.2025) que está disposto a deixar a Presidência por um acordo pelo fim da guerra com a Rússia 🇷🇺 e pela entrada do país na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

A Otan é uma aliança militar historicamente liderada pelos Estados Unidos 🇺🇸, que engloba quase todos os países da União Europeia 🇪🇺. No entanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, tem dado declarações que atingem a ordem estabelecida com esses aliados. Exemplos:

Eis o que disse Zelensky:

"Se for pela paz na Ucrânia e se realmente quiserem, que eu deixe meu cargo, estou pronto para isso. Em 2º lugar, posso trocar isso (Presidência) pela (entrada da Ucrânia na) Otan, se houver essa oportunidade", afirmou em entrevista coletiva à imprensa em Kiev.

O presidente ucraniano disse que largaria a Presidência "imediatamente" e declarou que não planeja "estar no poder por décadas".

As declarações ocorrem dias depois de Donald Trump dizer, sem apresentar números, que Zelensky encara uma queda de popularidade. Os 2 presidentes têm atritos desde que o norte-americano assumiu a presidência.

Zelesnky começou seu mandato em 2019, e a Ucrânia tinha eleições previstas para o 2º semestre de 2024. Por causa da guerra, a eleição foi suspensa e o presidente ucraniano permaneceu no poder.

Trump chamou-o de "ditador" e "sem eleições", mas nem mesmo a oposição da Ucrânia deseja um novo pleito neste momento.

Concomitantemente, líderes europeus temem que eventuais acordos pelo fim da guerra sejam negociados sem presença da União Europeia 🇪🇺 e da Ucrânia 🇺🇦.

Isso porque Trump teve uma reunião por telefone com o presidente da Rússia 🇷🇺, Vladimir Putin, por aproximadamente 1h30. Em seguida, anunciou que ocorreria um encontro na Alemanha 🇩🇪 com o "alto escalão" norte-americano, russo e ucraniano.

Logo depois do anúncio de Trump, a informação foi negada pelo governo da Ucrânia 🇺🇦, e o presidente da França 🇫🇷, Emmanuel Macron, chamou líderes da Europa para uma reunião extraordinária em Paris.

Depois do telefonema com Putin, Trump também sugeriu que a Rússia voltasse para o G8, que virou G7 desde que os russos foram suspensos e, posteriormente, expulsos.

Conforme publicou o The Guardian, a Ucrânia 🇺🇦 não vai aceitar acordos rápidos pelo fim da guerra como os Estados Unidos 🇺🇸 vem sugerindo. Isso porque os termos favorecem os russos, de acordo com os argumentos dos ucranianos.

O mesmo The Guardian também publicou um conteúdo que mostra minerais em solo ucraniano que estão sob mira dos Estados Unidos 🇺🇸.

Na noite do dia 22 de fevereiro de 2025, um sábado, a Rússia 🇷🇺 lançou seu maior ataque por drones contra a Ucrânia 🇺🇦 em 3 anos de guerra.

Eis alguns números:

  • 138 drones foram interceptados pela defesa aérea ucraniana:
  • 119 drones desapareceram dos radares depois de serem bloqueados e não causaram danos;
  • Não está clara a informação sobre quantas pessoas morreram;

Autor

Maurício de Azevedo Ferro
Maurício de Azevedo Ferro

Jornalista e empreendedor. Criador/CEO do Correio Sabiá. Emerging Media Leader (2020) pelo ICFJ. Cobriu a Presidência da República.

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