Resumo da audiência com Marina Silva no Senado

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Resumo da audiência com Marina Silva no Senado
Ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudanças Climáticas) em audiência na CMA (Comissão de Meio Ambiente) do Senado no dia 4.set.2024 / Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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♻️ Meio Ambiente. A ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudanças Climáticas) participou de audiência na CMA (Comissão de Meio Ambiente) do Senado nesta quarta-feira (4.set.2024). Na ocasião, alertou para o risco de perdermos até o final deste século o Pantanal, maior planície alagada do planeta. ⚠️ - Senado (Leitura: 3min)

➕ Mais. Marina defendeu que o Congresso crie um marco regulatório de emergência climática, devido ao risco de catástrofes em cerca de 1/3 dos municípios (1.942 correm risco climático extremo, segundo mapeamento do governo federal). 🌡️ - Senado (Leitura: 4min)

Eis abaixo alguns destaques da participação da Marina, segundo reportagem da Agência Senado:

“Às vezes a gente pensa que ter área de preservação permanente [APP] é um empecilho ao desenvolvimento. Muito pelo contrário, não as ter pode ser um empecilho para as atividades econômicas, para a vida das pessoas, como aconteceu no Rio Grande do Sul e espero que isso possa ser revisto. Quanto mais avança sobre APP, mais os rios e lagos são assoreados e o processo de evapotranspiração é severo e agrava o problema.”

Eis abaixo a entrevista da Marina após a audiência no Senado:

💬 Continuando… A ministra lembrou que os processos de seca estão cada vez mais frequentes e intensos. Apenas 2 estados brasileiros não foram afetados em algum nível pela escassez hídrica neste ano, sendo que 9 estão em situação crítica. 💧

🔥 Incêndios. De acordo com Marina, o perfil dos incêndios na Amazônia tem mudado, porque o bioma vem perdendo umidade e, com isso, tem se tornado mais vulnerável aos incêndios naturais. 🌳

📊 Eis alguns dados que ela apresentou e reforçam esse argumento: 

  • Atualmente, 27% das áreas queimadas na Amazônia estão em áreas com atividade agropecuária.
  • Outros 41% das áreas com queimadas estão em áreas de vegetação não florestal.
  • 32% das queimadas acontecem em áreas de vegetação florestal. Até pouco tempo, este percentual não passava de 18%.
  • Cerca de 85% dos incêndios ocorrem em propriedades privadas. Outros 15%, em terras indígenas ou unidades de conservação estadual e federal.

🎲 Mais dados. O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontou para 68,3 mil focos de queimadas em agosto deste ano. O crescimento é de 144% em relação ao mesmo período de 2023. 🛰️

💭 Contexto. O cenário é de mudanças climáticas, somadas e associadas à grande escassez hídrica, a fenômenos como El Niño e La Niña, ao desmatamento e às queimadas criminosas. A Amazônia tem sua pior seca dos últimos 40 anos. O Pantanal, a pior em 74 anos.

“Essa combinação de temperaturas altas, baixa precipitação e um processo intenso de evapotranspiração criam um ciclo vicioso em que a cada ano nós estamos vendo o Pantanal perdendo volume de água e os rios da Amazônia não conseguindo alcançar a sua cota de cheia. E aí, sim, entra uma combinação perversa de desmatamento, mudança do clima, El Niño, La Niña e a atividade criminosa (…)”. 

Para assistir à audiência da Marina no Senado, na íntegra (mais de 3h), eis o link:


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