Resumo de notícias #749 do Sabiá (30.mar) - Comece o dia voando

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Resumo de notícias #749 do Sabiá (30.mar) – Comece o dia voando

Rússia anuncia que vai reduzir atividade militar em Kiev; TSE arquiva caso de censura no Lollapalooza
Panorâmica do festival Lollapalooza, em São Paulo / Fonte: Reprodução / Twitter Lollapalooza
Panorâmica do festival Lollapalooza, em São Paulo / Fonte: Reprodução / Twitter Lollapalooza

Neste resumo você encontrará alguns desses tópicos:

  • Após conversas, Rússia anuncia que vai reduzir atividade militar em Kiev; acordo não significa cessar-fogo e é visto com ceticismo pelo Ocidente;
  • Ministro do TSE arquiva caso de censura do Lollapalooza, após PL voltar atrás e pedir retirada do processo;
  • Em ao menos 3 encontros fora da agenda com Adriano Pires, Bolsonaro disse que Petrobras de comunicava mal e que não pretendia mexer na política de preços da estatal.

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Para ficar de olho hoje:

  • Estados Unidos. Divulgação da última revisão do PIB (Produto Interno Bruto) do 4º trimestre de 2021.

Agora, pegue seu café e vamos ao resumo de notícias:

Guerra. As tropas russas vão reduzir radicalmente seus ataques na Ucrânia nos próximos dias. O anúncio foi feito pelo vice-ministro da Defesa da Rússia, Alexander Fomin, em Istambul, na Turquia, após rodadas de negociações entre autoridades russas e ucranianas.

Essa redução ainda não significa um cessar-fogo, mas ocorre num sentido de “fortalecer a confiança mútua”, “criar condições necessárias para negociações futuras e alcançar o objetivo final de assinar um acordo”.

Contexto. No encontro, a Ucrânia propôs adotar o status de neutralidade. Ao adotar esse status, o país não poderá mais fazer parte de alianças militares, como a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), nem abrigar bases militares de outros países ou interferir em guerras. Suécia e Áustria, por exemplo, são assim. 

Por outro lado, a Ucrânia queria garantias de segurança e a organização de um cessar-fogo por questões humanitárias, para resolver os problemas pelos quais o país passa desde que começou o conflito.  

Foi em troca a essas reivindicações que a Rússia anunciou que vai reduzir os ataques. Já houve, inclusive, a retirada de algumas tropas russas de Kiev, mas segundo o porta-voz do Pentágono, John Kirby, “foram poucas”. 

Kirby também disse que é cedo para julgar as ações tomadas pela Rússia e falou que a saída das tropas de Kiev, segundo acreditam os Estados Unidos, é um reposicionamento –e não uma retirada real.

Estados Unidos. Quase 6h, o jornal norte-americano The New York Times manchetava em seu site que “Promessa russa para amenizar o ataque é recebida com ceticismo pelo Ocidente” e alguns especialistas falavam até em “ganhar tempo” para reagrupar tropas.  
O presidente norte-americano Joe Biden disse que vai esperar para ver se a Rússia cumprirá o prometido e, enquanto isso, manterá as sanções econômicas aplicadas até agora. Biden inclusive conversou com outras autoridades ocidentais pelo telefone e concluíram que vão manter as sanções.

Mais. Participaram da conversa os primeiros-ministros do Reino Unido, Boris Johnson, e da Itália, Mario Draghi, além do presidente da França, Emmanuel Macron, e do chanceler alemão Olaf Scholz.

Já o presidente turco Erdogan recebeu as negociadores da Ucrânia e da Rússia em seu país e disse que a guerra não interessava a ninguém. 

Quem também participou do encontro na Turquia foi o oligarca russo Roman Abramovich, dono do clube de futebol londrino Chelsea. No final de semana, houve a suspeita de que Abramovich teria sofrido uma tentativa de envenenamento após participar de negociações na Ucrânia. A informação foi divulgada pelo Wall Street. No entanto, o serviço de inteligência dos Estados Unidos negou essa notícia.

Lollapalooza. O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Raul Araújo, o mesmo que tinha censurado manifestações políticas no festival Lollapalooza, revogou ontem a decisão. O caso foi até arquivado.

Contexto. A revogação ocorreu depois de o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, pedir a “desistência da ação, com consequente arquivamento” dela. Ou seja, o partido que tinha solicitado a proibição das manifestações políticas, depois, voltou atrás.

De acordo com o colunista do jornal O Globo Lauro Jardim, foi o próprio Bolsonaro que determinou que a legenda retirasse a ação.

Mais. A proibição das manifestações políticas, na verdade, teve efeito oposto ao que se esperava. Acabou-se falando muito mais sobre o caso e houve ainda mais manifestações dos artistas, dentro e fora do festival.

Petrobras. A indicação de Adriano Pires para a presidência da Petrobras ocorreu após, pelo menos, 3 encontros fora da agenda entre Pires e o presidente Jair Bolsonaro nas últimas semanas. A informação é da colunista do Globo, Malu Gaspar.

Contexto. Nos encontros, Bolsonaro teria dito que a Petrobras se comunica mal com a sociedade e disse estar em busca de alguém que se comunicasse melhor. Pires é um dos especialistas com melhor trânsito na imprensa e no Congresso.

Mais. Bolsonaro ainda teria dito que não pretende mexer na política de preços da estatal, baseada na cotação do mercado internacional. Isso também está alinhado ao que Adriano Pires sempre pregou em seus artigos. Ele é avesso a intervenções. 

O presidente ainda teria gostado de ouvir do economista que seria necessário fazer um fundo para subsidiar os combustíveis por tempo determinado, amortecendo o impacto da alta dos preços do petróleo no mercado internacional. Mas isso é uma missão para o Ministério da Economia.

Empregos. O Brasil criou cerca de 328 mil vagas formais de emprego em fevereiro, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Esse número é resultado de pouco mais de 2 milhões de admissões subtraído pelas quase 1,7 milhões de demissões.

Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, responsável pela divulgação, esse é o melhor resultado para um mês de fevereiro desde 2010, quando houve a criação de 397 mil postos com carteira assinada.

Indústria farmacêutica. O preço dos medicamentos vai aumentar a partir de amanhã, quinta-feira (31), conforme decisão do governo federal. O reajuste será de 10,98% para que seja feita a recomposição anual dos preços dos remédios. A informação foi dada ontem à noite pelo Sindusfarma (Sindicato dos Produtos da Indústria Farmacêutica).

Já o reajuste foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, órgão interministerial responsável por essa regulação.

É importante observar que o aumento não é automático nem imediato, porque a concorrência entre as empresas ajuda a regular os preços.

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