Resumo de notícias #733 do Sabiá (08.mar) - Comece o dia voando

Resumo de notícias #733 do Sabiá (08.mar) – Comece o dia voando

5 corredores humanitários se abrem nesta terça-feira, após ‘pequeno avanço’ em negociações

Neste resumo você encontrará alguns desses tópicos:

• 3ª rodada de negociações tem ‘pequeno avanço’ e abrem-se rotas de fuga de 5 cidades ucranianas para que civis possam deixar o país;
• Barril do petróleo continua disparada e já bate US$ 140; Ibovespa despenca 2,52% e Petrobras cai mais de 7% por disparidade de preços em relação aos pares internacionais;
• Bolsonaro critica política de paridade da petroleira e, em ano eleitoral, deve aceitar alterá-la para que os preços não sejam totalmente repassados ao consumidor

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Para ficar de olho hoje:

• Veículos. Divulgação dos dados de produção e vendas de veículos pela Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores).
• Data comemorativa. Dia Internacional da Mulher. A agenda de votações no Congresso, inclusive, deve levar em consideração essa ocasião. Deve ser votado o PL 4.391/2020, que reserva 30% das vagas nos diretórios partidários para mulheres.
• China. Divulgação de indicadores de inflação de fevereiro. São o índice ao consumidor (CPI, em inglês), e o índice de preço ao produtor (PPI, em inglês).
• EUA. Divulgação dos dados da balança comercial. 
• Europa. Divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) revisado da Zona do Euro.

Agora, pegue seu café e vamos ao resumo de notícias:

Ucrânia. Algumas rotas de fuga para civis que querem deixar a Ucrânia foram abertas nesta terça-feira (8). Isso porque a 3ª rodada de negociações por um cessar-fogo realizada nesta segunda-feira (7) teve um “pequeno avanço”. Na pauta, estava a retirada de civis de Mariupol, por exemplo. A cidade está sob cerco russo, sem energia e sem abastecimento de água. Já tinham ocorrido duas tentativas durante o final de semana para retirar essas pessoas em segurança, mas, como os ataques continuaram, as duas tentativas foram frustradas. 

Corredores humanitários. A Rússia introduziu corredores humanitários, com cessar-fogo temporário, partindo de Mariupol e também de Kiev, Kharkiv, Chernigov e Sumy. No Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), o embaixador russo acusou novamente nacionalistas da Ucrânia de impedir as evacuações, enquanto a Ucrânia diz que a Rússia bombardeia corredores humanitórios.

Prejuízos. Os ministros das Relações Exteriores dos 2 países devem se reunir na Turquia na quinta-feira (10). E, de acordo com o ministro da Infraestrutura ucraniano, o dano que a Ucrânia sofreu desde o início da guerra é de US$ 10 bilhões. Nesta segunda-feira (7), o Banco Mundial aprovou um pacote de empréstimos e doações de US$ 723 milhões para a Ucrânia, que inclui um suplemento de empréstimo de US$ 350 milhões a um empréstimo anterior do próprio Banco Mundial.

Vítimas. Outros dados ainda piores são do escritório de direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), que disse que confirmou a morte de 406 civis, incluindo 27 crianças, desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro. A quantidade, provavelmente, é muito maior.

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Petróleo. Enquanto isso, o preço do barril de petróleo dispara cada vez mais. O item chegou perto dos US$ 140, sendo que o recorde histórico é de US$ 147,50. Desta vez, está no radar dos investidores a chance de embargo ao petróleo russo, que reforça temores por uma escalada da inflação global. A Rússia, aliás, é o 3º maior produtor mundial de petróleo. 

Ibovespa. Por aqui, o Ibovespa fechou em baixa de 2,52%, aos 111.593 pontos, depois de oscilar entre 111.139 e 114.529 pontos. Foi a maior queda desde 26 de novembro do ano passado, quando o índice despencou 3,39% num único pregão.

Petrobras. As ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN) da Petrobras, por sua vez, despencaram, respectivamente, 7,65% e 7,10%. Vale lembrar que a Petrobras é uma das empresas de maior peso no Ibovespa. A queda se explica pela disparidade de preços praticados pela estatal em relação a seus pares internacionais, o que aumenta o medo do mercado de uma postura mais intervencionista do governo.

Política de preços. Atualmente, a política de preços da Petrobras é baseada nas cotações do mercado internacional. Por isso, quando ocorrem altas no valor do barril do petróleo Brent, espera-se que, mais cedo ou mais tarde, isso seja repassado ao consumidor no Brasil. Ou seja, a gasolina deve ficar bem mais cara se nada for feito. 

Intervenção. Só que já há notícias de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve aceitar mexer nessa política de preços. É o que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende fazer, por exemplo. Nesta mesma segunda-feira, Bolsonaro criticou a paridade de preços do estatal e disse que o governo vai discutir medidas para não repassar toda a alta dos preços.

Combustíveis. Na prática, o governo deve obrigar a Petrobras a arcar com parte dos custos da alta dos combustíveis. O ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) deve voltar nesta terça-feira de viagem e fazer reuniões com representantes da estatal e do Ministério da Economia, além de congressistas. No Senado, os 2 textos que tratam da tentativa de baratear o valor dos combustíveis estão pautados para esta quarta-feira.

Eleição. O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), acertou sua filiação ao PSB esta segunda-feira (7) para ser vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mercado. O Boletim Focus desta segunda-feira elevou pela 8ª semana consecutiva a estimativa de inflação para 2022. Agora, a expectativa é de 5,65% até o fim do ano, cada vez mais distante do teto da meta definida pelo governo para 2022, que é de 5,0%. Já para a taxa básica de juros, a Selic, o mercado continua esperando 12,25% até o fim do ano, mas cresceu a estimativa para 2023, de 8,00% para 8,50%, diante da possibilidade de uma inflação persistentemente mais alta.