Resumo de notícias #726 do Sabiá (18.fev) - Comece o dia voando

Resumo de notícias #726 do Sabiá (18.fev) - Comece o dia voando
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Resumo de notícias #726 do Sabiá (18.fev) – Comece o dia voando

Bolsonaro retorna da Hungria e vai a Petrópolis; Sabiá entrevista Castello Branco a respeito de Petrópolis
(Budapeste - Hungria, 17/02/2022) Presidente da República Jair Bolsonaro cumprimenta o Primeiro-Ministro da Hungria, Viktor Mihály Orbán / Foto: Alan Santos/PR
Bolsonaro cumprimenta o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Mihály Orbán / Foto: Alan Santos/PR

Neste resumo você encontrará alguns desses tópicos:

  • Bolsonaro retorna hoje de viagem à Hungria e desembarca no Rio de Janeiro para visitar Petrópolis; número de mortos já é de ao menos 120; Correio Sabiá entrevista Gil Castello Branco sobre redução de gastos públicos com Defesa Civil;
  • Anvisa aprova 1º autoteste para covid-19 no Brasil; STF mantém possibilidade de universidades exigirem comprovação vacinal;
  • STF também mantém restrições a propaganda política paga em jornais; Correio Sabiá faz levantamento nas redes sociais de Bolsonaro

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5 notícias que podem ser do seu interesse:

Para ficar de olho hoje:

  • Petrópolis. Bolsonaro e autoridades visitam Petrópolis (RJ).
  • Minas e Energia. Bento Albuquerque visita o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes)
  • Economia. Paulo Guedes tem videoconferência com o ministro da Economia da Argentina, Martin Guzman

Agora, pegue seu café e vamos ao resumo de notícias:

Política:

Petrópolis. O presidente Jair Bolsonaro (PL) chega hoje ao Brasil, após viagem à Rússia e à Hungria. Inicialmente, o presidente desembarcaria em Brasília, mas o desastre causado pelas chuvas em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, mudou os planos. O presidente desembarcará no aeroporto do Galeão, no Rio, e sobrevoará as áreas afetadas em seguida.

Mais. Bolsonaro deve se reunir ainda na manhã de hoje com o prefeito da cidade, Rubens Bomtempo (PSB), e com o governador do estado do Rio, Cláudio Castro (PSC). No sobrevoo, Bolsonaro estará acompanhado do ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) que estava aguardando a chegada do presidente de viagem para que cumprissem essa agenda juntos.

Sobrevoo. Aliás, Marinho deu entrevista nesta 5ª feira ao canal do UOL no YouTube e disse que não havia previsão para desastres decorrentes de chuvas na região. Ele declarou que nem Tóquio (Japão) e Nova York (Estados Unidos) resistiriam ao volume de chuva. Em apenas 6 horas, choveu na cidade o equivalente ao esperado para o mês inteiro. Deslizamentos de terra soterraram casas e, até o momento de publicação deste report, havia 117 mortos e cerca de 116 desaparecidos, segundo a Polícia Civil.

Orçamento. No âmbito nacional, é importante dizer que a área de Defesa Civil foi uma das que mais tiveram cortes no Orçamento Federal ao longo dos últimos anos. Em 2020, o valor era em torno de R$ 1 bilhão. No ano passado, caiu para cerca de R$ 800 milhões. E, agora, diminuiu para R$ 588 milhões no Orçamento deste ano. Considere-se ainda que essa verba é para o Brasil todo, em um ano.

Município. A redução também vale em âmbito municipal. Petrópolis diminuiu os gastos em Defesa Civil em 2021 para R$ 94 mil, 0,009% da receita do município. O valor é ainda menor do que o gasto em 2020, de R$ 104 mil.

Especialista. De acordo com o economista Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da Associação Contas Abertas, especializada na fiscalização de despesas públicas, o desastre “é uma irresponsabilidade compartilhada entre a União, os estados e os municípios”. Clique aqui para conferir a entrevista completa que ele concedeu ao Correio Sabiá.

Contexto. Em resumo, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil reconheceu o estado de calamidade pública em Petrópolis. Assim, a cidade pode ter acesso a recursos federais e fazer compras emergenciais sem licitação para enfrentar a crise causada pelas chuvas. O governo estadual do Rio autorizou repasse de R$ 30 milhões para o município. E o governo federal repassou R$ 2,3 milhões. Já o Ministério da Defesa autorizou o uso das Forças Armadas nas ações de resgate.

(Budapeste - Hungria, 17/02/2022) Presidente da República Jair Bolsonaro, despede-se do Senhor Primeiro-Ministro da Hungria, Viktor Mihály Orbán / Foto: Alan Santos/PR
Bolsonaro deixou a Hungria nesta 5ª feira (17) para retornar ao Brasil, direto a Petrópolis / Foto: Alan Santos/PR

Eleições:

A cada 2 dias, em média, Bolsonaro faz uma publicação no Twitter na qual convoca seus seguidores a acompanharem suas atividades em outras redes sociais. É isso o que mostra um levantamento realizado pelo Correio Sabiá. Do dia 1º de janeiro ao 16 de fevereiro (46 dias), o presidente fez 23 divulgações, sendo o seu canal no Telegram o “campeão”: 13 vezes. 

Na prática, é como se Bolsonaro chamasse seus seguidores no Twitter para acompanhá-lo no Telegram uma vez a cada 3,5 dias (ou 2 vezes na semana). Nesta rede social, o presidente tinha 1.052.096 seguidores até as 22h58 desta 5ª feira (17). O Telegram já foi bloqueado ou restringido em ao menos 11 países. Entre eles, a Rússia, país de origem do fundador do aplicativo, Pavel Durov. No Brasil, está na mira do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que ameaça bloqueá-lo. A falta de representação do app em território brasileiro dificulta que a Justiça faça cumprir suas determinações.

Além disso, entre as divulgações de Bolsonaro no Twitter, há também pedidos para que seus seguidores acompanhem um aplicativo próprio chamado Bolsonaro TV que estaria disponível para Android e iOS, bem como a rede social conservadora Gettr, que se diz a favor da “liberdade de expressão”. Nela, já acumula mais de 625 mil seguidores. 

Todos esses movimentos do presidente da República são relevantes porque mostram como Bolsonaro está se preparando para as eleições deste ano. Ao contrário de outros políticos, ele não tem a figura de um “marqueteiro”. E, em 2018, venceu o pleito com uma campanha focada nas redes, em especial com uma base no WhatsApp.

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu manter as restrições à propaganda eleitoral paga em jornais impressos e sites. A votação foi apertada, com 6 votos a favor e 5 contrários. Com isso, continuam valendo as regras atuais: propagandas pagas só poderão ser feitas em até 48 horas antes da eleição e são limitadas a 10 anúncios por veículo. Também fica liberado o impulsionamento das publicações nas redes sociais. 

Pandemia: 

Também nesta 5ª feira o STF formou maioria a favor da autonomia das universidades federais para exigir comprovante de vacinação contra covid-19. No ano passado, o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu uma resolução do Ministério da Educação que proibia universidades e institutos federais de exigir comprovante de imunização.

Já a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o 1º autoteste para covid-19 do Brasil. A avaliação do pedido levou 16 dias. O teste usa um swab nasal, uma espécie de cotonete, e o resultado sai após 15 minutos. Agora, a disponibilidade no mercado depende da empresa.

A Anvisa já recebeu 68 pedidos de registro e 10 foram reprovados. Em 28 de janeiro, o uso de autotestes no país para detecção da doença foi autorizado, mas, até então, nenhum produto tinha sido registrado. 

Por fim, o Ministério da Saúde registrou ontem 131.049 novos casos de covid-19 em 24h. Foram 1.128 mortes no mesmo período.  

Economia:

Depois de 7 pregões consecutivos subindo, o Ibovespa caiu ontem. A baixa acompanhou o mercado internacional, em meio aos riscos de uma guerra entre Rússia e Ucrânia.

A queda do Ibovespa foi de 1,43%, aos 113.528 pontos, após oscilar entre 113.389 e 115.214. A entrada e capital estrangeiro foi o principal fator para as altas recentes, mas no pregão de ontem prevaleceu a aversão ao risco. 

Os destaques negativos ficaram justamente com ações de empresas cujo negócio é atrelado ao minério de ferro. Isso porque o preço da commodity na China despencou por causa dos altos estoques do produto.

Como consequência, empresas de siderurgia e mineração tiveram baixas acentuadas. A Vale (VALE3), por exemplo, recuou 4,3% –a maior queda diária em 3 meses.

As ações da CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4) caíram 5,85% e 5,32%, respectivamente. A Metalúrgica Gerdau (GOAU4) teve baixa de 5,39%. 

O dólar, que vinha numa tendência de baixa há 3 dias, fechou em alta de 0,76%, a R$ 5,166, com notícias que aumentaram as tensões internacionais sobre um possível conflito armado na Ucrânia.

Duas informações pesaram: 1) a decisão da Rússia de expulsar o vice-embaixador dos Estados Unidos em Moscou, Bart Gorman; e 2) o suposto aumento pela Rússia do número de soldados na fronteira.

Nos Estados Unidos, o Dow Jones recuou 1,78%, aos 34.311 pontos; o S&P 500 fechou em baixa de 2,12%, aos 4.380 pontos; e a Nasdaq teve queda de 2,88%, aos 13.716 pontos.

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