Resumo de notícias #722 do Sabiá (14.fev) - Comece o dia voando

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Resumo de notícias #722 do Sabiá (14.fev) – Comece o dia voando

Bolsonaro embarca para a Rússia; Lula se reúne com Alckmin, e chapa deve ser anunciada em março
(Jati - CE, 08/02/2022) Cerimônia Alusiva ao Ato de Liberação das Águas do Rio São Francisco para o Estado do Ceará. Foto: Alan Santos/PR
Na semana passada, Bolsonaro participou de atos de liberação das águas do Rio São Francisco / Foto: Alan Santos/PR

Neste resumo você encontrará alguns desses tópicos:

  • Bolsonaro viaja à Rússia num omento de tensões por uma possível invasão dos russos à Ucrânia; russos e norte-americanos trocam acusações;
  • Lula e Alckmin se encontram em jantar; chapa deve ser anunciada em março; PSB e PT continuam disputando cabeça de chapa em São Paulo;
  • Proposições sobre combustíveis continuam a andar no Congresso; líderes devem se reunir hoje para tratar do assunto

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5 notícias que podem ser do seu interesse:

Para ficar de olho hoje:

  • Viagem presidencial. Bolsonaro embarca para a Rússia.
  • Banco Central. Sistema do Banco Central para cidadão consultar valores “esquecidos” nos bancos volta a funcionar.
  • Senado. Reunião de líderes para tratar das proposições que visam redução do preço dos combustíveis. Nesta ocasião, o relator Jean Paul Prates (PT-RN) apresentará suas ideias. Dependendo do que ocorrer neste encontro, poderá haver votação na sessão deliberativa de 3ª feira (15).
  • Banco Central. Divulgação do Boletim Focus.

Agora, pegue seu café e vamos ao resumo de notícias:

Política:

Viagem presidencial. O presidente Jair Bolsonaro (PL) viaja hoje à Rússia, onde terá encontro bilateral com o presidente daquele país, Vladimir Putin. Bolsonaro declarou que viajará por “convite, comércio e paz”. A agenda, segundo ele, será “bem eclética”. Entre os assuntos: energia, comércio, agronegócio (fertilizantes) e defesa.

Contexto. A viagem ocorre em meio às tensões internacionais sobre uma possível invasão russa na Ucrânia, que tem feito o preço do petróleo disparar no mercado. A avaliação de analistas, no entanto, é que dificilmente ocorrerá uma invasão enquanto um chefe de Estado de outro país estiver visitando a Rússia.

Mais. Bolsonaro teria sido instruído a não tocar no assunto “Ucrânia” enquanto estiver na Rússia. Aliás, curiosamente, o Brasil comemorou 30 anos de relações diplomáticas com a Ucrânia na última 6ª feira, inclusive emitindo nota oficial.

Enquanto isso… No final de semana, os chanceleres russo e norte-americano falaram pelo telefone e trocaram acusações. Isso foi sábado, e a ligação ocorreu antes dos próprios presidentes dos 2 países, Putin e Joe Biden, conversarem pelo telefone. O papo durou mais de 1h. Na ocasião, Biden disse que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e seus aliados imporiam “custos severos” à Rússia em caso de ataque à Ucrânia.

Mais. O chanceler russo, Sergei Lavrov, acusou o chanceler americano, Antony Blinken, de fazer uma “campanha de propaganda” em torno de uma possível invasão russa à Ucrânia.O objetivo, segundo ele, seria encorajar as autoridades de Kiev no conflito na região de Donbass, no Leste da Ucrânia, onde o exército ucraniano enfrenta há 8 anos separatistas pró-Moscou. Já Blinken disse a Lavrov que uma invasão “resultaria em uma resposta transatlântica determinada, maciça e unida”. 

Continuando… Uma série de diplomatas, inclusive russos e americanos, estão sendo retirados da Ucrânia em meio à escalada das tensões na região. Moscou, aliás, chamou os alertas de invasão de “histeria”.

Eleições

O PSB apresentou ao PT, PCdoB e PV propostas para evitar que haja hegemonia do Partido dos Trabalhadores, o PT, na federação que os 4 estão negociando. Sugeriram, por exemplo, que a quantidade de vereadores e prefeitos fosse levada em conta para calcular o peso de cada sigla na federação, para tomada de decisões. PT, PCdoB e PV rejeitaram as propostas. PT, porque as propostas iam contra o partido; PCdoB e PV porque são partidos pequenos e perderiam espaço frente ao PSB, que tem mais prefeitos, por exemplo.

Aliás, há uma ala do PSB que é contra a federação com o PT. O principal ponto de conflito entre os dois partidos é sobre quem será lançado governador por São Paulo. O PT quer lançar o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, enquanto o PSB pretende que o ex-governador Márcio França seja o candidato.

Na manhã de sábado, o pré-candidato à Presidência Sergio Moro, do Podemos, se encontrou com o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB). Foi um café da manhã e gerou mal-estar entre o PT e o PSB. Isso porque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o candidato da possível federação, algo que nenhum dos partidos contesta. Por isso, um governador se encontrar com um candidato de um partido ou de uma federação adversária não é agradável aos olhos do PT. Muito menos sendo Sergio Moro, que foi quem condenou o petista à prisão.

Sergio Moro disse a jornalistas depois do encontro que não havia “conspiração nenhuma” no café da manhã entre o governador e ele. Falou ainda que não foi pedir apoio. O governador Casagrande também já recebeu os pré-candidatos João Doria (PSDB) e Ciro Gomes (PDT).

Enquanto há essas discussões e impasses de federações e alianças, o recém-desfiliado do PSB e ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa deve começar a conversar com o PSD e com o União Brasil sobre uma possível candidatura ao Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo. Barbosa já havia se encontrado em janeiro com Moro, que tentou convencê-lo a se filiar ao Podemos, sem sucesso.

O ex-comentarista da Jovem Pan, Adrilles Jorge, avalia lançar candidatura para deputado federal pelo PTB. Segundo o presidente do diretório do partido de São Paulo, Otávio Fakhoury, que foi um dos maiores doadores dos Bolsonaro em 2018, Adrilles tem as qualidades que a sigla deseja, dentre elas “uma linha conservadora e liberal”.

Adrilles, na semana passada, se envolveu em uma polêmica após fazer um gesto associado ao nazismo ao fim de um comentário na Jovem Pan, após a polêmica do podcaster Monark, que disse ser a favor de um partido nazista no Brasil. Monark foi desligado do podcast Flow. Adrilles foi demitido do Grupo Jovem Pan, após a polêmica.

O ex-ministro Abraham Weintraub (Educação) se filiou, junto de seu irmão, Arthur Weintraub, no sábado (12) ao partido Brasil 35, antigo PMB (Partido da Mulher Brasileira). Weintraub é cotado para concorrer ao governo de São Paulo neste ano. O ex-ministro deve disputar com o ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), indicado por Bolsonaro. O Brasil 35 é o antigo partido do ex-presidenciável Cabo Daciolo, que em janeiro deste ano passou a apoiar Ciro Gomes (PDT).

Já o ex-ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) deve se lançar candidato à Câmara pelo PL, mesmo partido de Bolsonaro. Segundo a Direção Nacional do partido, esperam que Salles seja um dos deputados mais votados em 2022.

Junto a ele, devem se filiar ao PL o deputado federal e filho 03 do presidente, Eduardo Bolsonaro, que era do PSL de São Paulo; o secretário especial de Cultura, Mario Frias; a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Mayra Pinheiro, conhecida como “capitã cloroquina”; e o diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem. Todos esses teriam interesse em cadeiras da Câmara.

Enquanto isso… Bolsonaro está preparando um decreto que ampliará os direitos dos policiais. A classe dos policiais é justamente uma das bases eleitorais do presidente. O texto vai criar o programa PraViver, que acolhe vítimas que fazem ou fizeram parte das forças de segurança e familiares. Deve garantir direitos ampliados e de segurança jurídica, de saúde e o que o texto denomina como “retaguarda” social. O decreto ainda será complementado por um PL (projeto de lei) das deputadas Major Fabiana (PSL-RJ) e Carla Zambelli (PSL-SP).

Por outro lado, Bolsonaro afirmou na 6ª feira (11) que só terá reajuste salarial para os policiais neste ano se as outras categorias de servidores abrirem mão das reivindicações. Em entrevista à TV Brasil, Bolsonaro disse que se não houver entendimento, o reajuste ficará para 2023.

Também na 6ª feira (11), à noite, o ex-presidente Lula teve encontro com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido), cotado para ser vice na chapa com o petista. Alckmin. Na conversa, estabeleceram março como o momento de anúncio oficial do acordo. A reunião aconteceu na casa de Fernando Haddad, pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PT. Nas próximas semanas, Lula e Alckmin devem procurar definir qual partido Alckmin deve se filiar. O PSB tem conversas mais avançadas.

Pandemia: 

O Brasil registrou quase 200 mil novos casos de covid-19 no final de semana, sendo 140.234 no sábado (12) e 54.220 no domingo (13). No sábado, houve registro de 896 mortes em 24h. No domingo, 314. O país passou de 638 mil óbitos.

A China aprovou o uso da pílula da Pfizer contra a covid-19. E a OMS (Organização Mundial da Saúde) disse que a fase aguda da pandemia pode acabar em 2022 se 70% do mundo estiver vacinado.

Economia:

O Ibovespa fechou em alta de 0,18% na última 6ª feira (11), aos 113.572 pontos. O volume financeiro da sessão ficou em R$ 43,1 bilhões. Na semana, o índice subiu 1,18%.

Dessa maneira, o índice resistiu às tensões internacionais, num momento em que a Rússia pode invadir a Ucrânia. Há informações de que o presidente russo Vladimir Putin já teria ordenado que suas tropas invadissem o país vizinho.

Foi em a essas tensões que as ações da Petrobras dispararam de preço nesta semana. Só na 6ª feira, o barril do tipo Brent, referência para as petroleiras brasileiras, subiu 4,18%, atingindo os US$ 95,21.

Na ponta negativa, puxaram as quedas as ações da Usiminas (USIM5), com retração de 7,45%, também após a divulgação de balanço, com uma recepção negativa dos analistas, mesmo que as os lucros provavelmente aumentem nos próximos trimestres.

O dólar terminou o dia próximo da estabilidade, cotado a R$ 5,241 na compra e R$ 5,242 na venda, com ligeira alta de 0,01%. No acumulado da semana, a moeda americana voltou a perder valor, recuando 1,5%.

Nos Estados Unidos, o Dow Jones fechou em baixa de 1,43%, o S&P 500 caiu 1,90% e a Nasdaq despencou 2,78%.

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