Queda do desmatamento na Amazônia, eleição nos EUA e oscilação do dólar
Saiba as notícias essenciais desta quinta-feira (7.nov)
Desmatamento na Amazônia cai mais de 30% em 2024
Uma boa e uma má notícia.
👍🏻 A boa é que o desmatamento na Amazônia e no Cerrado teve queda de 30,6% e 25,7%, respectivamente, em 2024. A comparação é com o ano anterior (2023).
👎🏻 A má é o desmatamento continua em patamares elevados nos 2 biomas: 6.288 km² para a Amazônia e 8.174 km² para o Cerrado.
Os dados são do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), sistema responsável por medir as taxas oficiais de desmatamento no país.
Os dados do Prodes são anuais, desde 1988, com o ano começando no dia 1º de agosto e indo até 31 de julho do ano seguinte. As divulgações têm ocorrido em novembro.
Há ainda dados do Deter, que é o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real. Esse sistema fornece alertas diários sobre o desmatamento. Detecta corte raso e degradação de maneira geral.
Não é tão preciso quanto o Prodes, mas possibilita que o governo tenha dados agregados mensais dos alertas de desmatamento. Isso tem uma função importante para implementar e avaliar políticas de fiscalização/controle do bioma amazônico.
Saiba como o desmatamento nos biomas brasileiros é medido nesta reportagem.
COP16, da biodiversidade, termina sem acordo sobre financiamento
A COP16, da biodiversidade, terminou sem consenso sobre como será atingida a meta de financiamento para preservação da vida no planeta. O encontro global foi realizado em Cali, na Colômbia (🇨🇴), de 21 de outubro a 1º de novembro de 2024.
A COP16 teve avanços, como a criação do fundo para compartilhar lucros de dados genéticos e um maior reconhecimento do papel dos povos indígenas.
No entanto, o fracasso em definir acordos para financiar a preservação da natureza e a não implementação de metas cruciais foram um grande revés para os esforços globais de preservação da biodiversidade, como mostrou a ONG WWF.
COP29 começa na próxima segunda-feira (11.nov)
A COP29, que é a 29ª Conferência das Partes das Nações Unidas, o maior encontro global para discutir as mudanças climáticas, começa na próxima segunda-feira (11.nov) em Baju, no Azerbaijão (🇦🇿).
Cuidado para não confundir os 2 eventos: a COP16 foi um encontro para tratar de biodiversidade. A COP29 é o encontro global e anual para as mudanças climáticas. A próxima edição, de 2025, está prevista para Belém, no Brasil (🇧🇷).
Eis alguns objetivos centrais do evento:
- Discutir medidas para limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais
- Abordar questões de financiamento climático, especialmente para países em desenvolvimento
Na própria segunda-feira (11), vamos publicar um conteúdo detalhado sobre a COP29. Enviaremos por e-mail para quem participa da Comunidade do Correio Sabiá. Se este ainda não é seu caso, registre-se por aqui.
Trump vence eleição nos Estados Unidos 🇺🇸
O ex-presidente republicano Donald Trump (🔴) venceu a eleição presidencial nos Estados Unidos (🇺🇸). Derrotou a vice-presidente democrata Kamala Harris (🔵). A posse está marcada para o dia 20 de janeiro de 2025.
Explicamos em detalhes (e de maneira didática) como funcionam as eleições nos Estados Unidos. Também mostramos ao longo desta quarta-feira (6) alguns dos principais desdobramentos da vitória de Trump, como a oscilação do dólar e o reconhecimento de chefes de Estado.
Dólar fecha em forte queda após vitória de Trump
Com o anúncio da vitória de Trump, o dólar passou a operar em forte alta (bateu R$ 5,86). No entanto, o sinal foi invertido ainda na manhã de quarta-feira (6). A moeda norte-americana fechou com queda de 1,26%, cotado a R$ 5,67.
Inicialmente, assumiu-se que Trump defende uma política econômica protecionista, que deve taxar com mais rigor os produtos estrangeiros e favorecer os produtos nacionais. Supostamente, dificultaria o controle da inflação. Por isso, no futuro, deveria haver aumento da taxa básica de juros, deslocando capital (principalmente de países em desenvolvimento, como o Brasil) para os EUA.
O que mudou? Os principais motivos que mapeamos e supostamente explicariam essa mudanças brusca seriam:
- O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou que estava finalizada a série de reuniões entre ministros para tratar de medidas fiscais. Investidores avaliariam que uma das principais razões para a alta do dólar seria fiscal.
- Nervosismo dos investidores arrefeceu.
- Possibilidade (que se confirmou no final do dia, como se vê abaixo) de aumento da taxa básica de juros (a Selic) no Brasil, mantendo o país como destino de investimento.
Copom aumenta taxa de juros no Brasil para 11,25% ao ano
O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu nesta quarta-feira (6.nov) aumentar a taxa básica de juros (Selic) no Brasil em 0,5 ponto percentual, de 10,75% para 11,25% ao ano. Veja o comunicado oficial aqui.
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