🇪🇨 Equador: saiba como é a eleição presidencial de 2025

Menos de 2 anos depois de Daniel Noboa ser eleito presidente num mandato "tampão", Equador volta às urnas em 2025

🇪🇨 Equador: saiba como é a eleição presidencial de 2025
Eleição no Equador em 2025 está concentrada, principalmente, em duas forças políticas: Daniel Noboa e Luisa González / Imagem: Reprodução/X (antigo Twitter)
Link copiado!

O Equador realiza eleições presidenciais e legislativas neste domingo (9.fev.2025), num cenário de instabilidade na segurança pública e na economia. Quase 14 milhões de eleitores estão aptos a votar, no Equador e no exterior, num pleito cuja disputa ocorre principalmente entre o presidente Daniel Noboa, de direita, e Luisa González, de esquerda e aliada do ex-presidente Rafael Correa.

Contexto da eleição no Equador em 2025

De forma resumida, em tópicos:

  • Segurança pública: O Equador, neste momento, tem altos índices de violência ligados ao narcotráfico, com Noboa adotando uma política linha-dura semelhante à de El Salvador 🇸🇻. Essas medidas são criticadas por organizações de direitos humanos.

Em 2023, um então candidato centrista à Presidência do Equador, Fernando Villavencio, foi assassinado a tiros ao deixar um comício, a 10 dias da data marcada para o pleito.

Entre Colômbia 🇨🇴 e Peru 🇵🇪, o antes tranquilo Equador, que não produz nem consome grandes quantidades de droga, tornou-se uma peça relevante para o narcotráfico internacional nos últimos anos.

  • Economia: Provocada pelas mudanças climáticas, a seca causou apagões (já que reduziu a capacidade do sistema hidrelétrico) e impactou a economia, que já enfrenta dificuldades estruturais. González propõe soluções econômicas como prioridade.

☞ Informações relevantes

  • A moeda do Equador 🇪🇨 é o dólar dos Estados Unidos 🇺🇸: US$.
  • O Equador tem 24 províncias, divididas em 4 regiões naturais: Amazônia, Serra, Costa e Região Insular.
  • O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) é o órgão responsável por regular o pleito.

Candidatos principais

  1. Daniel Noboa: Atual presidente, empresário e defensor de políticas rígidas contra o crime. Venceu González no 2º turno em 2023 e busca reeleição.
  2. Luisa González: Representante da esquerda, critica as políticas de segurança de Noboa e defende medidas econômicas para resolver os problemas nacionais.

Detalhes do sistema de votação no Equador

  • Voto obrigatório para cidadãos entre 18 e 65 anos.
  • Voto facultativo para jovens de 16-18 anos, maiores de 65 anos, militares, pessoas com deficiência e residentes no exterior.
  • Sistema de votação manual, com cédulas de papel.
  • Os eleitores recebem 4 cédulas diferentes para votar em presidente, legisladores nacionais, legisladores provinciais e membros do Parlamento Andino (órgão deliberante, consultivo e de controle político da Comunidade Andina, composto por 25 representantes de Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Chile).
  • Para votar, o eleitor marca sua escolha com uma caneta e deposita a cédula na urna.

☞ Há uma lei de cotas que garante paridade de gênero nas listas eleitorais, com alternância entre homens e mulheres.

Sistema eleitoral

  • Para presidente: sistema majoritário com possibilidade de 2º turno.
    • É considerado vencedor o candidato que tiver mais de 50% dos votos ou 40% dos votos, com 10 pontos percentuais de vantagem em relação ao 2º colocado. Caso não haja nenhuma dessas condições, é realizado um 2º turno. Neste ano, previsto para 13 de abril de 2025.
  • Para o legislativo: sistema misto, combinando elementos majoritários e proporcionais.

Parlamento

  • A Assembleia Nacional é unicameral, composta por 137 membros.
    • 15 membros são eleitos em circunscrição nacional.
    • 116 membros são eleitos por províncias em distritos uninominais.
    • 6 membros representam equatorianos no exterior, eleitos por maioria simples.

Sistema de governo

  • O Equador é uma república presidencialista.
  • O presidente é chefe de Estado e de governo, eleito para um mandato de 4 anos, com possibilidade de uma reeleição.

Contexto: Equador teve eleição presidencial antecipada em 2023

A eleição antecipada de 2023 no Equador, na qual Daniel Noboa acabou eleito, foi convocada num contexto de crise política e institucional. Isso porque o então presidente Guillermo Lasso (eleito em abril de 2021) enfrentava um processo de impeachment.

Com base frágil no Legislativo, o próprio Lasso resolveu dissolver a Assembleia Nacional e convocar novas eleições. Houve aplicação da cláusula constitucional conhecida como "Morte Cruzada".

Eis os principais aspectos desse processo eleitoral:

Contexto da Eleição Antecipada

  • "Morte Cruzada": Lasso dissolveu a Assembleia Nacional em maio de 2023, usando o artigo 148 da Constituição. A medida foi adotada em meio a um processo de impeachment contra ele, baseado em acusações de corrupção, que Lasso negou. A dissolução obrigou a convocação de novas eleições presidenciais e legislativas para completar o mandato interrompido, com término previsto para 2025.
  • Crise política e social: O país enfrentava instabilidade política, aumento da violência ligada ao narcotráfico e uma economia estagnada, o que moldou o cenário eleitoral.

*Este conteúdo foi produzido por um humano com auxílio de AI (inteligência artificial) para aperfeiçoar a apuração e escrita, tornando-a mais objetiva e concisa. Foi uma maneira de melhorar a experiência de leitura.

Saiba mais sobre nossas políticas de transparência, incluindo quando podemos ou não usar AI em nossa produção jornalística, por meio da seção Quem Somos deste site.


Apoie nossos voos

Fazemos um trabalho jornalístico diário e incansável desde 2018, porque é isso que amamos e não existe nada melhor do que fazer o que se ama. Somos movidos a combater a desinformação e divulgar conhecimento científico.

Fortalecemos a democracia e aumentamos a conscientização sobre a preservação ambiental. Acreditamos que uma sociedade bem-informada toma decisões melhores, baseadas em fatos, dados e evidências. Empoderamos a audiência pela informação de qualidade.

Por ser de alta qualidade, nossa operação tem um custo. Não recebemos grana de empresas, por isso precisamos de você para continuar fazendo o que mais gostamos: cumprir nossa missão de empoderar a sociedade civil e te bem-informado. Nosso jornalismo é independente porque ele depende de você.

Apoie o Correio Sabiá. Cancele quando quiser.