Curadoria de notícias #770 do Sabiá (3.mai)

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Curadoria de notícias #770 do Sabiá (3.mai) – Comece o dia voando

Pacheco e Fux se reúnem nesta terça-feira; Sistemas do TSE sofrem instabilidade
Ministro Luiz Fux presidindo o plenário / Foto: Carlos Moura/SCO/STF (31/03/2022)
Encontro entre Fux e Pacheco tratará da relação entre os Poderes / Foto: divulgação STF

Neste resumo você encontrará alguns desses tópicos:

  • Pacheco e Fux se reúnem nesta terça-feira para tratar de atritos entre os Poderes e devem falar sobre limites ao perdão presidencial; entenda;
  • Sistemas do TSE sofrem instabilidade perto do fim do prazo para regularizar título eleitoral a tempo de votar na eleição deste ano;
  • Mercado volta a elevar expectativa de inflação até o fim do ano, que agora já está em 7,89%; servidores do Banco Central devem retomar greve nesta terça; Dólar sobe 2,55% e passa de R$ 5

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Para ficar de olho hoje:

  • Greve. Os servidores do Banco Central decidiram retomar a greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira.
  • Economia. Início das reuniões do Fomc (Federal Open Market Committee), órgão do Fed (Federal Reserve), e do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central brasileiro, para decidir sobre o aumento (ou não) da taxa básica de juros.
  • Produtividade. Divulgação dos dados de produção industrial de março.

Agora, pegue seu café e vamos ao resumo de notícias:

Pacheco e Fux se encontram para discutir atritos entre os Poderes

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), visitará o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) na tarde desta terça-feira (3). O encontro deve ser no próprio Supremo, para tratar dos recentes atritos entre os Poderes.

Recentemente, o STF condenou o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) a 8 anos e 9 meses de prisão, inicialmente em regime fechado. Um dia depois, o presidente Jair Bolsonaro (PL) editou um decreto que perdoava Silveira da condenação determinada pela Corte.

Dias depois, no domingo (1), houve uma série de atos no país a favor e contra o governo federal, sendo que as manifestações favoráveis ao governo tiveram faixas e declarações que pediam, entre outras coisas, intervenção militar e fechamento do STF.

Sobre o encontro de Pacheco com Fux, um dos principais pontos de decisão que envolvem Legislativo e Judiciário são os seguintes: 

  • primeiro, o STF determinou, além da pena de 8 anos 9 meses, a perda do mandato de Silveira e a suspensão de seus direitos políticos. Só que Pacheco tinha dito que a perda do mandato caberia apenas ao Congresso. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também deu uma declaração no mesmo sentido. É preciso decidir isso. 
  • segundo ponto é a tramitação de projeto que dê limites ao perdão presidencial. Seria preciso delimitar se os perdões podem ser individuais ou se devem ser coletivos. Além disso, também é preciso definir se o perdão vale para crimes que atentem contra a democracia.
  • por fim, também é preciso definir se basta um PL (projeto de lei) para resolver a questão ou se é preciso definir os limites do perdão presidencial por meio de uma mudança na Constituição, ou seja, por meio de uma PEC.

Centrão: Bolsonaro atendeu aliados ao não criticar STF nos atos

Integrantes do Centrão, aquele grupo de partidos sem coloração ideológica bem definida, analisaram que Bolsonaro atendeu parcialmente aos seus aliados ao não criticar o STF durante os atos.

Bolsonaro chegou a comparecer a uma manifestação em Brasília, mas não discursou. Já na Avenida Paulista, em São Paulo, o presidente apareceu por meio de uma gravação, mas não atacou a Corte.

Cabe ressaltar, o presidente foi orientado por seus aliados a não comparecer às manifestações do último domingo, como forma de apaziguar a relação entre os poderes executivo e judiciário.

Dessa maneira, a avaliação que ficou é de que o presidente adotou um tom mais baixo, diferente de outras ocasiões, e assim prestigiou seus eleitores mais fiéis sem acirrar ainda mais os ânimos com o Judiciário. 

Sistemas da Justiça Eleitoral apresentam instabilidade

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou que os portais e sistemas da Justiça Eleitoral apresentaram instabilidade na tarde desta segunda-feira (2) por causa do “alto número de acessos para regularização do título de eleitor.” De acordo com a Corte Eleitoral, “somente até as 17h de hoje [segunda-feira], foram realizados 431 mil atendimentos”.

O prazo para que eleitores façam a emissão, regularização ou transferência do título de eleitor a tempo de votar nas Eleições Gerais deste ano termina amanhã, quarta-feira (4), como consta na Agenda da Semana feita pelo Correio Sabiá e disponível em nosso site.

Expectativa de inflação até o fim do ano sobe mais uma vez

O mercado financeiro elevou nesta segunda-feira (2), mais uma vez, a expectativa de inflação para o fim do ano. Desta vez, de 7,65% para 7,89%. A informação é do Boletim Focus, que voltou a ser divulgado na semana passada depois da suspensão da greve de servidores do Banco Central.

Aliás, os servidores decidiram retomar a greve hoje, terça-feira, indefinidamente. Há 1 mês, quando os servidores tinham iniciado a greve, a expectativa de inflação até o fim do ano apontada pelo Boletim Focus era de 6,97%. 

Já o mercado –e aqui eu estou falando do mercado mesmo, sem ser o Boletim Focus– fechou ontem com o dólar cotado a R$ 5,07, numa alta de 2,55%. O Ibovespa caiu 1,15%, aos 106.638 pontos.

Aos poucos, países reabrem suas embaixadas em Kiev

A Dinamarca se tornou o último país a reabrir sua embaixada em Kiev. A Suécia deve reabrir a sua embaixada amanhã, quarta-feira (4). E os Estados Unidos, até o fim de maio. 

Um diplomata sênior norte-americano disse nesta segunda-feira que a Rússia parece estar se preparando para anexar regiões do leste ucraniano com eleições “simuladas” para formalizar o controle de Donetsk e Luhansk, regiões separatistas pró-Moscou. 

Até agora, conforme a ONU (Organização das Nações Unidas) informou nesta segunda, mais de 3 mil pessoas já morreram no conflito.

Brasil fica fora mais uma vez de reunião do G7

O Brasil ficou fora, mais uma vez, pelo 3º ano consecutivo, da Cúpula do G7. A Alemanha vai sediar o evento, que acontece em junho, e anunciou que chamará África do Sul e Índia, 2 países integrantes do Brics, grupo que o Brasil também faz parte. Senegal e Indonésia também participarão do encontro. 

O G7, grupo de países desenvolvidos formado por Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Japão e Canadá, além da União Europeia, costuma convidar para suas cúpulas algumas países com relevância no momento.

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