Curadoria de notícias #769 do Sabiá (2.mai)

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Curadoria de notícias #769 do Sabiá (2.mai) – Comece o dia voando

Diversas cidades do Brasil registram atos pró e contra o governo; Lula pede desculpas após fala sobre policiais
Correio Sabiá: Bolsonaro participou de cerimônia de da 87ª ExpoZebu em Uberaba/MG / Foto: Alan Santos/PR/30.abri.2022
Bolsonaro participou de cerimônia de da 87ª ExpoZebu em Uberaba/MG / Foto: Alan Santos/PR/30.abri.2022

Neste resumo você encontrará alguns desses tópicos:

  • Diversas cidades registram atos a favor e contra o governo no dia 1º de Maio; Bolsonaro participa de manifestação em Brasília, mas não discursa; em São Paulo, presidente aparece em vídeo na Avenida Paulista;
  • Após declarar que Bolsonaro ‘não gosta de gente, gosta de policial’, Lula pede desculpas e fala que queria dizer ‘miliciano’; Bolsonaro diz que defende ‘cidadão de bem’;
  • Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi faz visita surpresa a Zelenskiy em meio ao avanço da guerra entre Rússia e Ucrânia

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Para ficar de olho hoje:

  • Economia. Divulgação da balança comercial de abril. 
  • Boletim Focus. O Banco Central publica o Boletim Focus, novamente numa segunda-feira (na semana passada, após suspensão da greve dos servidores, o balanço foi publicado na terça-feira), com a mediana das expectativas do mercado para diversos indicadores econômicos. 

Agora, pegue seu café e vamos ao resumo de notícias:

Diversas cidades registram atos pró e contra o governo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi neste domingo (1º) a uma manifestação em Brasília organizada por seus apoiadores. O presidente, no entanto, não discursou. Neste ato, houve diversos cartazes e caixas de som que pediam a intervenção militar e também faziam ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Além de Brasília, uma série de cidades do país registraram atos a favor de Bolsonaro neste domingo, dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Só que também houve atos registrados a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, ao mesmo tempo, claro, contra o governo Bolsonaro. 

Em relação aos atos favoráveis ao governo, houve um em que Bolsonaro “discursou”, de certa forma. Foi o evento da Avenida Paulista, em São Paulo, no qual o presidente da República apareceu em vídeo. Na gravação, Bolsonaro disse que devia lealdade ao povo, algo que sempre fala em discursos. E ainda disse que “venceremos, porque o bem sempre vence o mal”, uma narrativa que tem adotado neste período anterior à campanha oficial.

É importante ressaltar que os atos também tiveram uma pauta pró-Daniel Silveira, o deputado federal do PTB do Rio de Janeiro que foi condenado pelo STF e, logo depois, recebeu a graça constitucional de Bolsonaro, sendo assim perdoado. O próprio Daniel Silveira chegou a participar de um desses atos no Rio de Janeiro, seu reduto eleitoral.

Aliados teriam orientado Bolsonaro a não participar de atos

Também é importante reforçar que Bolsonaro teria sido orientado por seus aliados a não participar das manifestações. Seria uma forma de colocar panos quentes aos atritos com os outros Poderes.

E, no Twitter, o jornalista e coordenador executivo do MBA de Comunicação da FGV, Thomas Traumann, analisou que “tal como um jogador que faz um gol e, em seguida, é expulso”, Bolsonaro “transformou sua maior vitória política em recuo”. 

Isso porque, na avaliação de Traumann, até vozes moderadas deram razão ao presidente no perdão ao deputado federal Daniel Silveira e entenderam que o STF tem se excedido em algumas decisões. O presidente, portanto, teria conseguido um isolamento inédito do Supremo.

Isso até decidir comemorar essa espécie de vitória num evento batizado de “ato cívico pela liberdade de expressão” no Palácio do Planalto, onde Bolsonaro disse que havia suspeição sobre as eleições e defendeu uma “apuração paralela” dos votos pelas Forças Armadas. 

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), responderam. Os dois fizeram uma defesa do processo eleitoral brasileiro.

Lula pede desculpas após declaração sobre policiais

Ainda no final de semana, mas no sábado (30), Bolsonaro foi a um evento em Uberaba (MG), onde fez um discurso com tom de campanha eleitoral e recados aos ministros do STF. O presidente voltou a falar que todos têm que “jogar dentro das 4 linhas da Constituição”.

Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também no sábado, mas logicamente num outro evento, deu uma escorregada. Ao criticar Bolsonaro, o petista disse que o atual presidente “não gosta de gente, gosta de policial.” Portanto, dentro dessa lógica, policial não é gente.

Depois, no domingo, Lula explicou. Disse que queria dizer “miliciano”, e não “policial”. Só que aí o dano já estava feito. O ex-presidente pediu desculpas e falou que é preciso tratar a categoria (dos policiais) como trabalhadores, assim como qualquer outra.

Já Bolsonaro aproveitou o tropeço do adversário político e disse que defende, que sempre defendeu, o “cidadão de bem”.

Nancy Pelosi faz visita surpresa a Kiev, na Ucrânia

A guerra na Ucrânia continua a ganhar dimensões maiores, que fazem a gente se perguntar até onde isso pode chegar. Na semana passada, a gente mostrou declarações mais tensas de autoridades russas, falando sobre a possibilidade de guerra nuclear na Ucrânia e até de Terceira Guerra Mundial. 

Agora, durante o final de semana, a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a Democrata Nancy Pelosi, fez uma visita surpresa ao presidente ucraniano Voldoymyr Zelenskiy. 

Já um dos responsáveis russos pelo controle de armas nucleares disse que as conversas com os Estados Unidos sobre esse campo estratégico estão paradas. 

Além do histórico de declarações que acabei de mencionar, também é relevante lembrar que a Rússia fez recentemente um teste de míssil com capacidade nuclear. É mais um fato que causa preocupação sobre os rumos dessa guerra.

E a inteligência britânica disse que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai declarar “guerra total” contra a Ucrânia no dia 9 de maio, quando é comemorado o Dia da Vitória, ocasião em que a Rússia venceu os nazistas na Segunda Guerra Mundial.

Desemprego fecha março em 11,1%, diz IBGE

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,1% no trimestre formado por janeiro, fevereiro e março deste ano. Assim, apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior (outubro, novembro e dezembro).

Já em relação ao mesmo trimestre do ano anterior houve redução da taxa. Em 2021, 14,9% estavam desempregados, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A população desocupada é de 11,9 milhões. O número de trabalhadores autônomos é de 25,3 milhões de pessoas, menos 2,5% na comparação com o trimestre anterior (queda de 660 mil pessoas). No entanto, aumentou 7,3% (mais 1,7 milhão de pessoas) em relação ao mesmo período do ano anterior.

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