#931: Lira e Pacheco são reeleitos para presidir Câmara e Senado

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), durante reunião no início da 57ª legislatura / Foto: Marina Ramos/Câmara do
Table of Content

#931: Lira e Pacheco são reeleitos para presidir Câmara e Senado

Correio Sabiá explica nesta reportagem como foi a volta dos trabalhos no Congresso Nacional
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), durante reunião no início da 57ª legislatura / Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Sabiá: O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), durante reunião no início da 57ª legislatura / Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Assobio: esta reportagem foi publicada originalmente no dia 1º de fevereiro de 2023, às 20h14, mas recebeu atualizações para deixá-lo/a mais bem informado.

O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foram reeleitos nesta quarta-feira (1º.fev.2023) para presidir a Câmara e o Senado, respectivamente. Assim, continuam a ocupar os cargos por mais 2 anos, no biênio 2023/2024.

Na Câmara, Lira concorreu contra outros 2 candidatos: Chico Alencar (PSOL-RJ) e Marcel Van Hatten (Novo-RS). Eis o resultado da votação, de acordo com os 513 deputados federais:

  1. Arthur Lira: 464 votos (a maior votação da história)*
  2. Chico Alencar: 21 votos
  3. Marcel Van Hatten: 19 votos

Até então, o recorde de votos para a presidência da Câmara pertencia aos ex-presidentes João Paulo Cunha (PT), em 2003, e Ibsen Pinheiro (do então PMDB, atualmente chamado apenas de MDB), em 1991. Os 2 tiveram 434 votos. No entanto, eram candidatos únicos, sem adversários.

A votação de Lira foi encaminhada após acordo entre 20 partidos. PT e PL ficaram do mesmo lado, a favor do presidente da Câmara. Apenas a federação Rede/PSOL e o Novo ficaram contra.

Em discurso, à tribuna, candidato à reeleição para presidência do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) / Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Em discurso à tribuna, o então candidato à reeleição para presidência do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) / Foto: Roque de Sá/Agência Senado

No Senado, a disputa foi mais acirrada. Parte da imprensa noticiou que era uma espécie de “3º turno” entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que apoiou Pacheco, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos sem data para voltar ao Brasil, mas tentou emplacar seu antigo ministro do Desenvolvimento Regional, o senador Rogério Marinho (PL-RN).

Também concorreria à presidência do Senado o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), outro congressista alinhado ao bolsonarismo. No entanto, ele retirou a candidatura para tentar alavancar Marinho. Eis o resultado da votação, de acordo com os 81 senadores:

  1. Rodrigo Pacheco: 49 votos.
  2. Rogério Marinho: 32 votos.

Enquanto a eleição na Câmara uniu PT e PL num “blocão” a favor de Lira, a eleição no Senado era considerada essencial para diversos desdobramentos políticos. Inclusive, parte da imprensa observou que Pacheco teve 8 votos a menos do que há 2 anos, quando foi eleito pela 1ª vez presidente do Senado.

Inclusive, para que haja a aprovação de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) no Senado, são necessários os votos de, no mínimo, 3/5 dos senadores em 2 turnos de votação. Isso dá exatamente 49 congressistas.

No entanto, sendo o Senado controlado por um aliado de Lula, há mais possibilidades de avanço da pauta governista. Se o controle ficasse com um opositor, a resistência ao governo federal tenderia a ser maior –ainda mais considerando que houve ampla maioria de bolsonaristas eleitos para o Senado em 2022.

Mais do que isso: o Senado é responsável por analisar pedidos de impeachment contra integrantes do Judiciário –ou seja, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), por exemplo. Tanto Marinho como Girão declararam que o STF tem “extrapolado” suas funções. Defendiam um “enquadramento” por meio do “diálogo”.

Exemplo: antes da votação para presidência do Senado, Marinho tentou ganhar o voto dos colegas ao dizer que seria intransigente na defesa do mandato e da “liberdade de expressão.” Afirmou ainda, segundo a Agência Senado Notícias, que “eventuais excessos devem ser corrigidos pela Constituição e pelas comissões de Ética da Câmara e do Senado, mas não pelo ‘arbítrio’ de alguns.” 

Em discurso à tribuna, candidato à presidência do Senado Federal, senador Rogerio Marinho (PL-RN) / Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Em discurso à tribuna, o então candidato à presidência do Senado, senador Rogerio Marinho (PL-RN) / Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Mais cedo, antes das eleições para presidentes da Câmara e do Senado, os 513 deputados federais e os 27 senadores eleitos em 2022 tomaram posse de seus mandatos.

  • Mostramos o cronograma da posse dos congressistas, assim como demais eventos políticos e econômicos deste e dos próximos dias, em nossa Agenda da Semana.

Desses 27 senadores, 4 comandam ministérios no governo federal. Eles deixarão temporariamente seus cargos nas pastas para assumir o mandato no Senado (e votar pela reeleição do atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco [PSD-MG]).

Eis a lista de ministros que tomaram posse no Senado:

  1. Camilo Santana (PT-CE), da Educação;
  2. Flávio Dino (PSB-MA), da Justiça e Segurança Pública;
  3. Renan Filho (MDB-AL), dos Transportes; e
  4. Wellington Dias (PT-PI), do Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome.

Para saber mais sobre a volta dos trabalhos no Congresso Nacional e ficar ainda mais bem informado/a, leia nossa curadoria de notícias anterior.

  • Leia as últimas notícias do Correio Sabiá:

Vale sempre lembrar que você pode e deve seguir o Correio Sabiá, @correiosabia, em todas as redes sociais: combatemos a desinformação, porque achamos que uma sociedade bem informada toma decisões melhores.

Author

Redação do Sabiá
Redação do Sabiá

1ª organização de notícias do Brasil criada no WhatsApp, em 2018, para combater a desinformação. Criamos produtos midiáticos inovadores para informar, engajar e inspirar.

Sign up for Correio Sabiá newsletters.

Stay up to date with curated collection of our top stories.

Please check your inbox and confirm. Something went wrong. Please try again.

Subscribe to join the discussion.

Please create a free account to become a member and join the discussion.

Already have an account? Sign in

Sign up for Correio Sabiá newsletters.

Stay up to date with curated collection of our top stories.

Please check your inbox and confirm. Something went wrong. Please try again.