#843: Saiba como foi a posse de Moraes como presidente do TSE

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#843: Alexandre de Moraes toma posse como presidente do TSE

Evento reuniu, num só lugar, Bolsonaro e Lula, Temer e Dilma; não houve registro de cumprimentos entre eles
Correio Sabiá: Alexandre de Moraes defendeu o processo eleitoral brasileiro e deu o tom de que o TSE será duro no combate às fake news na eleição deste ano / Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Correio Sabiá: Em discurso, Alexandre de Moraes defendeu o processo eleitoral brasileiro e deu o tom de que o TSE será duro no combate às fake news na eleição deste ano / Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Neste resumo você encontrará alguns desses tópicos:
  • Moraes toma posse como presidente do TSE, em evento que reúne Bolsonaro e Lula, Temer e Dilma; não houve registros de cumprimentos entre eles;
  • Em discurso, Moraes diz que Justiça Eleitoral será ‘implacável’ contra propagação de fake news; ministro critica propagação de ideias ‘contrárias à ordem constitucional’;
  • Candidatos mais bem colocados nas pesquisas eleitorais começam campanhas pelo Sudeste, região que concentra maior número de eleitores

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Moraes toma posse como presidente do TSE

“Liberdade de expressão não é liberdade de agressão. Liberdade de expressão não é liberdade de destruição da democracia, de destruição das instituições, de destruição da dignidade e da honra alheia. Liberdade de expressão não é liberdade de propagação de discursos de ódio e preconceituosos. A liberdade de expressão não permite a propagação de discurso de ódio e ideias contrárias à ordem constitucional e ao Estado de Direito”, disse o ministro Alexandre de Moraes. 

Essa foi uma das declarações que Moraes deu durante a sua posse, na noite desta terça-feira (16), como presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele vai conduzir a Corte Eleitoral durante a eleição deste ano, substituindo o ministro Edson Fachin no cargo. Já o ministro Ricardo Lewandowski assumiu como vice-presidente do da Corte. O evento reuniu num só lugar diversas figuras da política que até então não chegavam perto umas das outras.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, estavam lá. Da mesma forma, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Michel Temer (MDB), que foi vice dela, também compareceram. Não houve registro de nenhum cumprimento entre todos eles.

Presidente em exercício, Bolsonaro ficou no “palco”, ao lado do próprio Alexandre de Moraes. Isso deixou-o frente a frente com o Lula, que estava sentado na primeira fileira do plenário, numa posição de honra destinada aos ex-presidentes.

Cerimônia de posse do ministro Alexandre de Moraes como presidente do TSE - 16/08/2022 Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE
Presidente em exercício, Bolsonaro ficou ao lado do próprio presidente do TSE no evento, portanto virado de frente para Lula, que estava em posição central na 1ª fileira / Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

Dilma e Temer também não tiveram contato direto um com o outro, porque entre eles estava o próprio Lula e o ex-presidente José Sarney. Atrás, na 2ª fileira, ficaram ministros do governo Bolsonaro –por exemplo, Paulo Guedes (Economia), que cumprimentou Lula e Dilma.

Cerimônia de posse do ministro Alexandre de Moraes como presidente do TSE - 16/08/2022 Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE
Sarney e Lula separaram Dilma e Temer durante a posse de Moraes na presidência do TSE / Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

Em discurso, Moraes defendeu e exaltou o processo eleitoral brasileiro, que tem sido colocado em dúvida por diversas autoridades da República.

“Somos 156.454.011 eleitores aptos a votar. Somos uma das maiores democracias do mundo em termos de voto popular, estando entre as 4 maiores democracias do mundo. Mas somos a única –a única democracia do mundo– que apura e divulga os resultados eleitorais no mesmo dia, com agilidade, segurança, competência e transparência. Isso é motivo de orgulho nacional”, declarou.

O ministro também criticou a propagação de notícias propositalmente falsas, as fake news, e deu o tom de como será a sua condução do TSE durante a eleição deste ano para combater a propagação da desinformação:

“A intervenção da Justiça Eleitoral será mínima, porém será célere, firme e implacável no sentido de coibir práticas abusivas ou divulgações de noticias falsas ou fraudulentas, principalmente naquelas escondidas no covarde anonimato das redes sociais, as famosas fake news, e assim atuará a Justiça Eleitoral de modo a proteger a integridade das instituições, o regime democrático e a vontade popular, pois a Justiça Eleitoral não autoriza que se propaguem mentiras que atentem contra a lisura e a legitimidade das eleições.”

Cerimônia de posse do ministro Alexandre de Moraes como presidente do TSE - 16/08/2022 Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE
O próprio encontro de Bolsonaro com Moraes é uma saia-justa, já que o presidente da República entrou com processo de impeachment contra Moraes no passado. Eles têm amplo histórico de atritos. / Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

Principais candidatos começam campanhas pelo Sudeste

Por fim, vale destacar que os 4 primeiros colocados na pesquisa deram o pontapé inicial na campanha pela região Sudeste, que concentra o maior número de eleitores. Bolsonaro foi até Juiz de Fora (MG), onde levou a facada no pleito de 2018. Nessa cidade, atrelou igrejas fechadas à esquerda, algo que mencionamos ser um assunto a ficar de olho nestes dias.

Lula foi até São Bernardo do Campo (SP), berço do sindicalismo paulista. Ciro Gomes (PDT) começou a campanha oficial numa agenda de rua, também no estado de São Paulo, onde conversou sobre sua proposta de Renda Mínima de R$ 1 mil à população abaixo da linha da pobreza. E a senadora Simone Tebet (MDB-MS) também focou em São Paulo, numa agenda com integrantes do setor cultural. 

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