Chegou agora? Entenda o noticiário da semana

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Chegou agora? Entenda o noticiário da semana

Correio Sabiá lança o “Entenda o noticiário”, texto curto que mostra no que prestar atenção nestes dias
Correio Sabiá: Inflação, guerra na Ucrânia, combustíveis. Entenda o noticiário desta semana / Foto: FPVmat A/Unsplash
Correio Sabiá: Inflação, guerra na Ucrânia, combustíveis. Entenda o noticiário desta semana / Foto: FPVmat A/Unsplash

Do diretor,

Em mais uma iniciativa para te ajudar a entender o noticiário, o Correio Sabiá faz agora um rápido briefing dos assuntos que você deve acompanhar nos próximos dias. Contexto é tudo para ficar realmente bem informado e começar o dia voando. Entenda o noticiário com o Sabiá.

Saiba o que você deve acompanhar nos próximos dias

Recapitulando: na semana passada, o ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), anulou duas decisões relevantes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A mais emblemática era a cassação do deputado estadual bolsonarista Fernando Francischini (União Brasil-PR), que havia perdido o mandato por divulgar desinformação sobre as urnas eletrônicas.

Ao anular a cassação de Francischini imposta pelo TSE, Nunes Marques gerou um enorme embaraço para todos os ministros do STF. Dias antes, o vice-presidente do TSE (e futuro presidente da Corte durante a eleição), Alexandre de Moraes, tinha citado especificamente esse caso numa palestra a diplomatas estrangeiros como um “case” de tolerância zero da Corte contra a desinformação eleitoral.

Parênteses: Nunes Marques já não conta com muita simpatia dos colegas. Foi o 1º ministro indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao STF e é uma espécie de peixe fora d’água na Corte. Primeiro pelas próprias posições, comumente questionadas. Segundo pelo “notório saber jurídico”, pré-requisito para ser um magistrado da Corte. O atual presidente do STF, Luiz Fux, por exemplo, contestou quando ocorreu a indicação de Nunes Marques.

Mas falando de um tempo presente: Fux levou as anulações determinadas por Nunes Marques ao plenário do STF, que agora decidirá institucional e coletivamente (11 ministros) se concorda ou não. A tendência, claro, é que não concorde e que as decisões de Nunes Marques caiam. Mas a sangria já foi feita. E haverá repercussões políticas, seja qual for o resultado da votação na Corte.

Mais um assunto para acompanhar: combustíveis. O Senado tende a avançar nas discussões e pode até votar o projeto aprovado na Câmara que limitou a alíquota do ICMS de combustíveis, energia, telecomunicações e transporte público.

Outro ponto relevante é a discussão sobre um possível subsídio aos combustíveis, como o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sugeriu que o governo federal fizesse. Aliás, inicialmente, o noticiário sugeria que o governo cogitava elaborar um decreto com uma espécie de “calamidade” que justificasse a contenção dos preços. A equipe econômica foi contra, com medo de que o teto de gastos fosse burlado.

Agora, há notícias de que o governo pretende apresentar uma PEC (proposta de emenda à Constituição), texto mais difícil de ser aprovado no Congresso Nacional (votações em 2 turnos mais complexas), mas que dá ampla legitimidade para a contenção dos preços pelo Poder Executivo. Seguramente este assunto terá desdobramentos nos próximos dias. A disparada dos preços é péssima para quem quer se eleger em outubro.

Aliás, nesta semana, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a inflação de maio. E o Ministério do Trabalho e Previdência divulga os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). São duas agendas relevantes para mensurar a atividade econômica brasileira.

Ainda na área econômica, segue o processo de privatização da Eletrobras. Trabalhadores com dinheiro em conta no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) têm até quarta-feira (8) para manifestar interesse em usar os valores do fundo para garantir ações da estatal.

Paralelamente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é pré-candidato à Presidência, já disse que “quem se meter a querer comprar” a Petrobras e a Eletrobras terá que conversar com o seu governo após a eleição do dia 2 de outubro (caso seja eleito, é claro).

A declaração é relevante para indicar a política econômica do líder das pesquisas eleitorais até o momento. E notícias relacionadas aos principais candidatos à Presidência devem seguir no noticiário brasileiro.

Por fim, duas datas jornalisticamente importantes passaram. A guerra na Ucrânia completou 100 dias. É um assunto de cobertura permanente no noticiário. Nesta semana não será diferente. E dia 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente, outra pauta sempre relevante e que pode gerar notícias ambientais nos próximos dias.

Esquecemos algum evento importante? Avise para a nossa equipe: redacao@correiosabia.com.br. “Entenda o noticiário” é mais uma iniciativa do Correio Sabiá para fazer você realmente compreender as notícias.

Para saber uma agenda completa e detalhada, consulte a Agenda da Semana que o Correio Sabiá publica neste site aos domingos, com a previsão do que deve ser notícia nos próximos dias.


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