Todas as capitais registram protestos contra PEC da Blindagem e PL da anistia
Enquanto isso, Lula desembarcou em Nova York para discursar na Assembleia Geral da ONU

Protestos contra PEC da Blindagem e anistia
Todas as capitais, mais o Distrito Federal, registraram protestos neste domingo (21.set.2025) contra a PEC (proposta de emenda à constituição) da Blindagem e o PL (projeto de lei) da Anistia. Ambos os textos foram acelerados na Câmara na semana passada. Detalhes mais abaixo neste mesmo conteúdo.

Os protestos reuniram cerca de 42,4 mil pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, e 41,8 mil na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro. A medição é do Monitor do Debate Político do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), da USP (Universidade de São Paulo) e da ONG More in Common, com fotos aéreas e contagem baseada em IA (inteligência artificial).
Imagens do protesto na Orla de Copacabana:




Imagens: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Imagens do protesto na Avenida Paulista:



Imagens: Paulo Pinto/Agência Brasil
Imagens do protesto em Brasília:


Imagens: Marcelo Camargo/Agência Brasil
PEC da Blindagem
Existe a possibilidade de o texto ser pautado na quarta-feira (24.set) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Mas não para ser aprovado pelos senadores, e sim enterrado.
A proposta enfrenta grande resistência no Senado, e diversos senadores já declararam oficialmente que não querem sua aprovação. Pelo contrário: querem colocá-la em votação para acabar com sua tramitação.
A pressão nas redes sociais (e nos protestos presenciais) foi tão grande que diferentes deputados que votaram a favor da PEC –tanto mais à direita quanto à esquerda– tentaram se retratar junto a seus eleitores. Pediram desculpas.
Projeto de anistia
Já o texto sobre o qual se tem mais notícias a respeito da anistia está sob relatoria do deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que prepara uma versão de relatório que não deve contemplar bolsonaristas mais fervorosos nem governistas.
Há vários projetos que tratam de anistia em tramitação na Câmara e no Senado, e as duas Casas têm entendimentos diferentes. Então, por mais que o texto dos deputados federais tenha ganho tramitação em regime de urgência na semana passada –o que autoriza votação diretamente em plenário (sem passar por comissões)–, ainda não há consenso com os senadores –e dificilmente terá.
Lula na ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou neste domingo (21.set) em Nova York, nos Estados Unidos, onde faz seu 10º discurso de abertura numa Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta terça-feira (23).
Desta vez, a viagem ocorre em meio a atritos políticos com o presidente norte-americano Donald Trump. Em discurso, Lula deve voltar a defender a soberania nacional, mas sem citar nomes.
Isso porque Trump implementou sanções de 50% contra diferentes produtos brasileiros e contra autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O motivo central das sanções, segundo sugeriu o presidente dos EUA, seriam as investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentar das um golpe de Estado.
Não há previsão na agenda oficial de Lula e Trump se encontrarem. Os 2 ainda não se falaram diretamente desde o início das disputas políticas.
O discurso do presidente brasileiro é uma oportunidade para o governo federal se posicionar aos olhos do mundo sobre temas sensíveis que afetam uma relação bilateral que tem mais de 200 anos de existência.
Lula também deve voltar a se posicionar sobre a necessidade de reformulação da ONU, notadamente seu Conselho de Segurança, assim como a criação de um Estado da Palestina.
Agenda do Lula
Em Nova York, o presidente tem nesta segunda-feira (22):
- Audiência com o diretor-executivo do TikTok, Shou Zi Chew;
- Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de 2 Estados; e
- Encontro com o rei Carl XIV Gustaf e a rainha Sílvia, da Suécia.
Ao longo destes dias, existe a tensão na diplomacia brasileira a respeito de eventuais novas sanções impostas pelos EUA, por causa da condenação a Jair Bolsonaro.
O que mais estamos lendo:
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