Resumo de notícias #755 do Sabiá (7.abr)

União Brasil, PSDB, MDB e Cidadania anunciarão candidato único; Governo anuncia indicados para a Petrobras

Simone Tebet e Eduardo Leite, que se colocou como um "soldado do centro democrático" / Fonte: Reprodução / Twitter Simone
Simone Tebet e Eduardo Leite, que se colocou como um “soldado do centro democrático” / Imagem: Reprodução/Twitter Simone Tebet

Eleições. União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania. Estes quatro partidos estiveram reunidos ontem, quarta-feira (6), em Brasília. O encontro serviu para que as quatro legendas reafirmassem as tratativas para apresentar um único candidato, ou candidata, à Presidência da República como a alternativa de 3ª via.

Até o momento, desses quatro, apenas PSDB e MDB têm pré-candidaturas definidas. O ex-governador de São Paulo, João Doria, é o nome tucano. E a senadora Simone Tebet (MDB-MS), é a escolhida do MDB.

Mais. No próximo dia 14, quinta-feira, o União Brasil confirmará o nome escolhido do partido para também servir de opção como candidatura à Presidência.

As legendas definiram que um candidato de consenso será anunciado no dia 18 de maio, uma quarta-feira, em Brasília.

A nota que continha toda essas informações era assinada pelos presidentes das siglas: Luciano Bivar, do União Brasil; Baleia Rossi, do MDB; Bruno Araújo, do PSDB; e Roberto Freire, do Cidadania.

Contexto. Houve um impasse no PSDB. Primeiro, João Doria “blefou” sobre abandonar sua candidatura à Presidência. O movimento, em tese, fazia parte de uma jogada calculada do ex-governador de São Paulo para ganhar apoio explícito, público, do partido e neutralizar as articulações do ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que nos bastidores tentava se cacifar como candidato tucano mesmo tendo sido derrotado nas prévias do PSDB.

Doria ganhou o apoio que queria, mas houve avaliações de lideranças tucanas de que o próprio Doria, ao ameaçar abandonar sua candidatura, não acreditaria nas chances de chegar ao Planalto. Por isso, teriam dado sinal verde para Leite correr por fora com a sua candidatura.

E Eduardo Leite realmente intensificou a agenda de reuniões e chegou a se reunir no último sábado (2) com o ex-juiz Sergio Moro, que se filiou ao União Brasil e, teoricamente, desistiu mesmo de ser candidato a presidente.

Depois, houve uma notícia de que Eduardo Leite poderia ser vice numa chapa com a Simone Tebet, escolhida pelo MDB para ser pré-candidata. E aí ontem, do lado do Eduardo Leite, a Simone Tebet disse que o candidato tucano é João Doria. 

Mas o ex-governador do Rio Grande do Sul se colocou como um “soldado” dos partidos. E ninguém descartou que ele componha no futuro alguma chapa. Só descartaram mesmo a cabeça de chapa.

Petrobras. O governo federal indicou ontem o ex-secretário do MME (Ministério de Minas e Energia), José Mauro Coelho, para presidir a Petrobras. Ele foi secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de 2020 a outubro de 2021.

Já o indicado para presidir o Conselho de Administração da estatal foi Marcio Andrade Weber, que é engenheiro civil com especialização em engenharia de Petróleo pela própria Petrobras e já faz parte do Conselho de Administração da estatal desde 2021.

Contexto. As indicações substituem o economista Adriano Pires, que seria o presidente da Petrobras, e o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, que presidiria o Conselho de Administração. Os dois recusaram os convites depois de terem sido formalmente indicados.

Energia. O governo federal anunciou o fim da cobrança da tarifa de escassez hídrica na conta de luz a partir do dia 16 de abril, por causa da melhora dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas. 

O governo ainda disse esperar que, até o fim do ano, seja instituída a bandeira verde, que não define nenhuma cobrança adicional na conta de luz. Isso deve permitir uma economia de 20% na conta.

A bandeira tarifária de escassez hídrica foi criada no ano passado, como forma de custear a produção de energia emergencial por causa da maior seca dos últimos 91 anos. 

O valor dela é de R$ 14,20 a cada 100 kWh de energia consumidos. Esse valor representa, na prática, um aumento de 49,59% na taxa extra, já que a bandeira vermelha de patamar 2, até então a mais cara de todas, custa R$ 9,492 a cada 100 kWh.

A conta de luz aumentou porque a seca reduz o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Consequentemente, fica reduzido o potencial de geração de energia. Aí é necessário adicionar as termelétricas, cujo custo de produção de energia é mais caro. Por isso, sobem as tarifas.

Guerra. O vice-chanceler da Rússia disse ontem que seu país não vai romper relações diplomáticas com ninguém.

Já a família do chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, foi alvo ontem das novas sanções dos Estados Unidos. As filhas adultas de Putin também entraram no rol de pessoas atingidas com a medida.

O que aconteceu foi que os Estados Unidos detiveram mais de US$ 1,4 trilhão ao bloquear totalmente duas grandes instituições financeiras da Rússia. 

Enquanto isso, civis ucranianos fogem do país, e as tropas russas se voltam para o leste, onde há regiões separatistas pró-Moscou.

Cultura. O presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou o projeto aprovado pelo Congresso que ficou conhecido como Lei Paulo Gustavo, que repassaria R$ 3,8 bilhões à Cultura. O anúncio do veto pela Secretaria-Geral da Presidência e a publicação no Diário Oficial da União (DOU) ocorreram na terça-feira (5).

A verba de R$ 3,8 bilhões seria destinada a estados e municípios para o enfrentamento dos efeitos da pandemia da covid-19 sobre o setor cultural. Seriam R$ 2,79 bilhões para ações no setor audiovisual e R$ 1,06 bilhão para ações emergenciais no setor cultural.

Contexto. Vetos presidenciais precisam ser justificados. E, para justificar esse veto, o governo afirmou que o projeto contrariava o interesse público já que ia contra o teto de gastos.

Eleições. O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (PSDB-RJ), declarou que desistiu de disputar a próxima eleição e, consequentemente, concorrer ao seu 7º mandato como deputado federal.

Atualmente, Maia é deputado federal licenciado e ocupa o cargo de secretário de Projetos e Ações Estratégicas no governo do estado de São Paulo. Ele chegou a deixar esse cargo na semana passada para poder concorrer na eleição, mas voltou atrás e já ocupa novamente o posto.

Mais. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu que a militância mapeie casa de políticos para cobrá-los e, assim, tirar a tranquilidade dos congressistas. Ele deu a declaração na segunda-feira (4), num evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Contexto. Nessa ocasião, Lula questionava a forma adotada pela militância para fazer pressão nos deputados. De acordo com ele, protesto na frente do Congresso não faz mexer “uma pestana” do congressista, que só fica sabendo da manifestação quando chega em casa.

De acordo com Lula, o ideal seria ir até a casa das autoridades, mas, nas palavras dele, “não é para xingar não, é para conversar com ele, conversar com a mulher dele, conversar com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele”, pois isso surtiria . “muito mais efeito” do que fazer manifestação em Brasília.

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Redação do Sabiá
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