Resumo de notícias #718 do Sabiá (08.fev) - Comece o dia voando
Resumo de notícias #718 do Sabiá (08.fev) – Comece o dia voando
Congresso analisa 19 vetos presidenciais; Bolsonaro inaugura obras de transposição do Rio São Francisco
Neste resumo você encontrará alguns desses tópicos:
- Congresso analisa hoje 19 vetos de Bolsonaro, como aquele que barrou distribuição de absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade;
- Bolsonaro encontra Fachin e Moraes após faltar a depoimento presencial à PF; Moraes fica calado durante encontro; presidente fala em mais diálogo;
- Mercado espera Selic em 11,75% ao ano no fim de 2022; Copom divulga hoje a ata da reunião em que aumentou a taxa em 1,5 ponto percentual
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Para ficar de olho hoje:
- Banco Central divulga a ata da última reunião do Copom, com a expectativa de que o documento confirme um tom de desaceleração no ritmo de alta dos juros.
- Congresso deve analisar 19 vetos presidenciais. Entre eles, aquele que tratava de absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade.
- Início da Semana da Mineração, evento organizado pelo Ministério de Minas e Energia que terá duração até o dia 10.
- Nos Estados Unidos, Coca-Cola e Pfizer divulgam seus balanços.
Agora, pegue seu café e vamos ao resumo de notícias:
Política:
Vetos presidenciais. O Congresso deve analisar hoje 19 vetos do presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre eles, está o veto à distribuição gratuita de absorventes para mulheres em condição de vulnerabilidade. O assunto colocou Bolsonaro em colisão com uma série de congressistas. Veja abaixo outros vetos na pauta:
- Propaganda partidária. Ao restabelecer a propaganda gratuita dos partidos políticos no rádio e na televisão, o Executivo vetou a previsão de compensação fiscal às emissoras pela cessão do tempo. Essa compensação seria financiada pelo Fundo Partidário.
- Sobras eleitorais. Bolsonaro vetou dispositivos que alteravam a quantidade de candidatos que cada partido poderia registrar para os cargos proporcionais na Lei 14.211, de 2021, que muda as regras para distribuição das “sobras” eleitorais — as vagas não preenchidas pelos critérios do sistema proporcional. Ficou mantida a regra atual, segundo a qual cada partido pode registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa do DF, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no total de até 100% do número de lugares a preencher mais um.
Eletrobras. Bolsonaro vetou diversos artigos, como a possibilidade de empregados demitidos após a privatização adquirirem ações da empresa com desconto. Para ele, vendas de ações dessa forma tipificam conduta ilegal de distorção de práticas de mercado. Também foi vetada a permissão para que funcionários demitidos da Eletrobras até 1 ano após a privatização sejam realocados em outras empresas públicas.
Poderes. Ontem, Bolsonaro teve encontro protocolar no Palácio do Planalto (sede do Poder Executivo) com os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, ambos do STF (Supremo Tribunal Federal). Durou cerca de 10 minutos, apenas. O motivo: convidar o presidente da República para a cerimônia de posse de Fachin como presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Moraes será vice. O evento ocorrerá no dia 22 de fevereiro.
Mais. O ministro Walter Braga Netto (Defesa) também estava presente e foi convidado, assim como as Forças Armadas, para acompanhar as eleições. Em dezembro e janeiro, as Forças Armadas cobraram explicações do TSE sobre o funcionamento das urnas eletrônicas. Já Bolsonaro mencionou na reunião que é preciso um diálogo mais frequente entre Executivo e Judiciário. Moraes ficou calado na ocasião.
Contexto. Nas manifestações governistas do 7 de Setembro, Bolsonaro chamou Moraes de “canalha”. Depois disso, Fachin foi chamado de “trotskista e leninista” por Bolsonaro ao votar contra o marco temporal para demarcação de terras indígenas. Já no fim de janeiro, Moraes intimou Bolsonaro a depor presencialmente na Superintendência da PF (Polícia Federal) a respeito dos vazamentos de informações sigilosas da Justiça Federal. O presidente não compareceu.
Legislativo. A CDH (Comissão de Diretos Humanos) do Senado aprovou ontem a convocação do ministro Marcelo Queiroga (Saúde) para explicar a nota elaborada por técnicos da pasta que atribuía maior segurança à hidroxicloroquina do que às vacinas no tratamento da covid-19, contrariando as evidências científicas.Além disso… A ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) também foi convocada para explicar uma outra nota técnica, com a qual sua pasta se mostrou contrária à possibilidade de exigir passaporte vacinal de crianças para o retorno às aulas presenciais.
Pandemia:
O Brasil registrou ontem mais 66.583 casos de covid-19, segundo o Ministério da Saúde. Foram 428 mortes em 24h.
Chegaram ontem ao Brasil mais 3,4 milhões de doses da Pfizer, sendo 1,8 milhão para aplicação em crianças e 1,4 milhão de doses adultas.
Economia:
O Ibovespa ontem fechou em queda de 0,22%, aos 111.996 pontos. O destaque positivo do dia ficou por conta das ações de empresas ligadas ao minério de ferro, por causa da alta desse item com o retorno do feriado de Ano Novo Lunar na China.
Isso ocorre pelas sinalizações do governo chinês de que derrubará a taxa de juros para estimular a economia. Sendo assim, deve haver maior demanda pela produção de aço.
O dólar comercial caiu de novo. Desta vez, 1,26%, cotado a R$ 5,254, menor cotação desde setembro do ano passado.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 fechou em queda de 0,37%, aos 4.483 pontos, enquanto o Dow Jones fechou em estável aos 35.090 pontos; a Nasdaq caiu 0,58%, aos 14.015 pontos.
O Banco Central divulgou ontem o Boletim Focus, que reúne as expectativas dos principais agentes do mercado. Segundo o relatório, a taxa básica de juros, a Selic, deve fechar 2022 em 11,75%, ou seja, 1 ponto percentual acima do patamar atual. O mercado ainda revisou pela 4ª vez seguida a expectativa de inflação para este ano, que agora é de 5,4% para 2022.
O Banco Central ainda deve divulgar hoje a ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) da semana passada, na qual houve aumento de 1,5 ponto percentual da Selic. O documento é importante porque ajusta as expectativas do mercado sobre o ritmo de eventuais aumentos da taxa no futuro. A próxima reunião do Comitê será em março.
Em janeiro, os brasileiros tiraram mais dinheiro do que aplicaram na poupança. O saldo negativo foi de R$ 19,6 bilhões, segundo o Banco Central. Foi o pior saldo já registrado. O consumo dessas reservas coincide com os gastos de início de ano, como impostos e gastos escolares.
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