Presidentes da Câmara e do Senado não vão à cerimônia no Planalto sobre isenção do IR
Ausência seria uma demonstração da insatisfação do Congresso com o governo federal
Em disputas políticas com o governo federal, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), não compareceram nesta quarta-feira (26.nov.2025) ao Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, onde houve a cerimônia que comemorou a sanção do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
Por outro lado, estiveram no Planalto o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que foram os relatores do projeto na Câmara e no Senado, respectivamente. Eles são adversários políticos em Alagoas.

"Esse país não pode continuar sendo desigual do jeito que é. Não pode, não precisa e não deve, porque nós temos todas as condições de dar um salto de qualidade”, declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu discurso no evento.
Além de isentar quem ganha até R$ 5 mil, o projeto (já transformado em lei) também define descontos progressivos para rendas de até R$ 7.350.
As regras passam a valer para a declaração de 2026. Cerca de 15 milhões de brasileiros devem ser beneficiados, sendo 10 milhões com isenção completa e 5 milhões com desconto.


Imagens: Ricardo Stuckert/PR
Para manter o equilíbrio fiscal e compensar a redução na arrecadação, o texto aumenta a tributação para altas rendas, a partir de R$ 600 mil anuais (ou R$ 50 mil mensais).
Dessa forma, a previsão é de que cerca de 140 mil contribuintes de maior renda sejam alcançados pela mudança e arquem com um valor um pouco superior. A cobrança é gradual, com alíquota máxima de até 10% sobre os rendimentos.

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