Lula e Trump falam no telefone por 30 minutos; saiba como foi

No contato, que teve tom amistoso, segundo as duas partes, Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar continuidade às negociações comerciais com o Brasil

Lula e Trump falam no telefone por 30 minutos; saiba como foi
Imagem: Flickr/The White House
Índice

O fato principal

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e dos Estados Unidos, Donald Trump, conversaram por cerca de 30 minutos pelo telefone nesta segunda-feira (6.out.2025).

Pontos principais

  • A conversa foi em tom amistoso, elogiada publicamente pelas duas partes (posts abaixo).
  • Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações comerciais com as autoridades brasileiras, como o vice-presidente e ministro do Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil) e os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Fernando Haddad (Fazenda).
  • Ambos combinaram de encontrar pessoalmente em data ainda a ser definida.
  • Trump falou até em vir ao Brasil.

Contexto

Os Estados Unidos impuseram taxas de 40% (que chegam a 50% em caso de produtos que já tinham uma tarifa de 10%) sobre itens brasileiros. Também sancionaram autoridades do Brasil, como o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), com base na Lei Magnitsky.

O principal motivo para essas medidas foi político, conforme indicou nota oficial divulgada pela Presidência dos Estados Unidos. Trump mostrou insatisfação com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF.

Detalhes

  • A nota divulgada pela Presidência é explícita ao dizer que Lula recebeu o telefonema de Trump.
  • Os 2 presidentes teriam recordado "a boa química" de quando encontraram ocasionalmente na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
  • A conversa foi agradável, conforme as duas partes ressaltaram, e os presidentes teriam trocado telefones "para estabelecer uma via direta de comunicação".

O que cada um disse

Ambos compartilharam sobre a ligação nas redes sociais.

Trump postou no X (antigo Twitter):

"Esta manhã, tive uma ótima conversa telefônica com o Presidente Lula, do Brasil. Discutimos muitos assuntos, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre nossos 2 países. Teremos novas discussões e nos encontraremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Gostei da conversa –nossos países se darão muito bem juntos!"

Lula postou no X:


Eis a íntegra da nota divulgada pela Presidência, em itálico:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na manhã desta segunda-feira, 6 de outubro, telefonema do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. Em tom amistoso, os dois líderes conversaram por 30 minutos, quando relembraram a boa química que tiveram em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU. Os dois presidentes reiteraram a impressão positiva daquele encontro.

O presidente Lula descreveu o contato como uma oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente. Recordou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços. Solicitou a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras.

O presidente Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ambos os líderes acordaram encontrar-se pessoalmente em breve. O presidente Lula aventou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém (PA); e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos.

Os dois presidentes trocaram telefones para estabelecer via direta de comunicação. Do lado brasileiro, a conversa foi acompanhada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Mauro Vieira, Fernando Haddad, Sidônio Palmeira e o assessor especial Celso Amorim.

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Redação do Sabiá
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