Incêndios em Los Angeles, posse de Maduro na Venezuela, repercussão do anúncio da Meta e PL das Eólicas Offshore

Depois de duas edições consecutivas com um único assunto, resumimos num só conteúdo uma série de desdobramentos relevantes do noticiário

Incêndios em Los Angeles, posse de Maduro na Venezuela, repercussão do anúncio da Meta e PL das Eólicas Offshore
Uma região da cidade de Los Angeles completamente destruída pelo fogo / Imagem: Reprodução/X (antigo Twitter)
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Maduro toma posse na Venezuela nesta sexta

O presidente da Venezuela 🇻🇪, Nicolás Maduro, toma posse nesta sexta-feira (10.jan). Na véspera (9), a líder da oposição, María Corina Machado, foi presa. Depois, solta. Ela não fazia uma aparição pública há 5 meses.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não vai à posse. O ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) não vai. O assessor especial da Presidência e ex-chanceler Celso Amorim também não vai.

Quem deve representar o governo brasileiro é a embaixadora em Caracas, Glivânia Oliveira, num gesto meramente institucional que dá o tom da relação estremecida entre os 2 países, afinal a eleição venezuelana foi contestada pela maior parte da comunidade internacional, inclusive pelo Brasil 🇧🇷.

O governo brasileiro também atuou para vetar a entrada da Venezuela no Brics (grupo em expansão, mas cuja sigla é formada a partir do nome de 5 países: Brasil 🇧🇷, Rússia 🇷🇺, Índia 🇮🇳, China 🇨🇳 e África do Sul 🇿🇦).

A eleição venezuelana ocorreu no dia 28 de julho de 2024. Sem apresentar as atas, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) proclamou Maduro reeleito. O candidato opositor, Edmundo González, diz ter vencido com cerca de 60% dos votos. Ele teve que buscar asilo político na Espanha e tem sido recebido por chefes de Estado.

Atualmente, o Brasil 🇧🇷 é responsável por duas embaixadas na Venezuela 🇻🇪, além da sua própria: Argentina 🇦🇷 e Peru 🇵🇪. O país assumiu a custódia após o governo venezuelano expulsar o corpo diplomático dos outros Estados.

IBGE divulga inflação de 2024

Nesta mesma sexta-feira (10), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a taxa de inflação de dezembro de 2024. Com isso, será possível entender qual foi a inflação total acumulada no ano passado.

Lula convoca reunião para discutir anúncio da Meta

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou para esta sexta-feira (10.jan.2025) uma reunião para discutir o anúncio feito pelo CEO da Meta, Mark Zuckerberg, sobre o fim do programa de checagem de fatos nos Estados Unidos 🇺🇸, num alinhamento da empresa ao presidente eleito Donald Trump.

Lula classificou a decisão da Meta como "extremamente grave" em declarações feitas nesta quinta-feira (9.jan). Enfatizou a importância de respeitar a soberania de cada país e argumentou que a comunicação digital deve ter a mesma responsabilidade que a mídia tradicional.

Agências de checagem endereçam carta aberta à Meta

Organizações de fact-checking de 17 países, incluindo o Brasil 🇧🇷 (representado pela Lupa e por Aos Fatos), publicaram uma carta aberta dirigida a Mark Zuckerberg. A carta critica a decisão da Meta e expressa preocupações sobre o impacto na disseminação de desinformação. Pontos-chave da carta:

  • Classificam a decisão como um "retrocesso" para uma internet mais segura e democrática.
  • Alertam para os riscos à segurança de grupos vulneráveis e ao processo democrático.
  • Pedem que a Meta reconsidere sua decisão e mantenha o compromisso com o combate à desinformação.

Reações adicionais

  • O Ministério Público Federal (MPF) do Brasil exigiu que a Meta esclareça seus planos para o país em relação às mudanças anunciadas.
  • O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou que as redes sociais só continuarão a operar no Brasil se respeitarem a legislação brasileira.

Como os incêndios em Los Angeles, na Califórnia, estão afetando as comunidades locais?

Os incêndios florestais que atingem a região de Los Angeles, na Califórnia, desde o dia 8 de janeiro de 2025, estão entre os mais devastadores da história recente do estado, com impacto severo nas comunidades locais.

  • Pelo menos 5 mortes foram confirmadas até o momento.
  • Há relatos de diversos feridos, tanto civis quanto bombeiros.
  • A qualidade do ar despencou, representando riscos à saúde respiratória dos moradores.
  • Mais de 350.000 consumidores ficaram sem energia elétrica.
  • O abastecimento de água foi comprometido em algumas áreas, com hidrantes secando durante o combate às chamas.
  • Diversas escolas cancelaram as aulas devido aos incêndios.
  • Centenas de milhares de pessoas tiveram sua rotina alterada.

Evacuações em massa e deslocamentos

  • Aproximadamente 180.000 pessoas estão sob ordens de evacuação obrigatória.
  • Milhares de residentes foram forçados a deixar suas casas e buscar abrigo em outros locais.
  • Celebridades e moradores de bairros nobres como Pacific Palisades e Brentwood também tiveram que evacuar.

Perdas materiais e destruição

  • Mais de 2 mil estruturas, incluindo casas, escolas e empresas, foram danificadas ou destruídas.
  • Bairros inteiros foram reduzidos a cinzas, com imagens de satélite mostrando a extensão da devastação.
  • Estimativas iniciais apontam para perdas econômicas entre US$ 52 bilhões e US$ 57 bilhões.
  • Milhares de residentes perderam todos os seus pertences e enfrentam um futuro incerto.

Fatores agravantes

  • Ventos fortes, chegando a 160 km/h, os mais intensos na região em 10 anos.
  • Condições climáticas extremas, com temperaturas elevadas e baixa umidade.
  • Escassez de recursos para combate ao fogo, incluindo falta de água em alguns hidrantes.

Resposta das autoridades

  • O presidente Joe Biden emitiu uma Declaração Presidencial de Grande Desastre.
  • O governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou estado de emergência.
  • Bombeiros de estados vizinhos foram convocados para auxiliar no combate às chamas.

Potenciais desdobramentos

  • A região já enfrentava uma crise habitacional antes dos incêndios, que deve se agravar.
  • O mercado de aluguel deve ficar ainda mais pressionado com o aumento da demanda por moradias temporárias.

Lula tem até esta sexta para sancionar o PL das Eólicas Offshore

O presidente Lula tem até sexta-feira, 10 de janeiro de 2025, para sancionar ou vetar o PL (projeto de lei) das Eólicas Offshore, que foi aprovado pelo Congresso em dezembro de 2024. – PL 576/2021.

O texto foi encaminhado para sanção presidencial no dia 19 de dezembro de 2024. De acordo com as regras, o presidente tem o prazo de 15 dias úteis para tomar uma decisão sobre o projeto, podendo sancioná-lo integralmente, vetá-lo parcialmente ou totalmente.

Este prazo está chegando ao fim nesta semana, o que tem gerado expectativas e debates sobre possíveis vetos a alguns artigos do projeto, especialmente os chamados "jabutis", que são emendas não relacionadas ao tema principal da proposta.

Quais são os "jabutis" no PL das Eólicas Offshore

Os "jabutis" no PL das Eólicas Offshore provocam preocupações, especialmente em ambientalistas. Isso porque as emendas contrariam o objetivo original do projeto, que é incentivar a energia eólica offshore e acelerar a transição energética brasileira. Ao invés disso, estes "jabutis" acabam favorecendo fontes de energia mais poluentes e caras, indo na contramão dos esforços globais de combate às mudanças climáticas.

Vamos resumir os principais pontos:

  1. Incentivo às termelétricas a carvão e gás natural:
    • Prorrogação dos contratos de usinas termelétricas a carvão até 2050.
    • Contratação compulsória de 4,25 GW de energia de termelétricas a gás natural.
  2. Aumento das emissões de gases de efeito estufa:
    • Potencial de emitir 274,4 milhões de toneladas de CO2 equivalente nos próximos 25 anos.
    • Risco de praticamente anular a redução de emissões obtida com a queda no desmatamento da Amazônia entre 2022 e 2023.

Impactos negativos

  • Encarecimento da conta de luz: aumento estimado de 9% a 11% nas tarifas.
  • Custo adicional de R$ 545 bilhões a R$ 658 bilhões para os consumidores até 2050.
  • Comprometimento das metas de neutralidade climática do Brasil.
  • Retrocesso na transição para fontes de energia mais limpas.

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