Explosões em Brasília perto do STF: o que sabemos até agora

Num intervalo de apenas 20 segundos, houve duas explosões próximas ao STF. O próprio suspeito morreu. Não houve mais feridos.

Explosões em Brasília perto do STF: o que sabemos até agora
Explosões perto do STF. Prédio foi evacuado. Uma pessoa morreu / Imagem: Bruno Peres/Agência Brasil
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Num intervalo de aproximadamente 20 segundos, ocorreram 2 explosões próximas ao STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília (DF), no início da noite desta quarta-feira (13.nov.2024). O próprio suspeito morreu. Ninguém mais ficou ferido.

Eis abaixo o que sabemos sobre o caso, que está sendo investigado como ato terrorista:

  1. Um carro explodiu por volta das 19h30 desta quarta-feira no estacionamento que fica entre o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Anexo IV da Câmara dos Deputados, em Brasília. No porta-malas, havia fogos de artifício e tijolos. 🚙🧨🧱
    1. O veículo tinha placa de Rio do Sul (SC) e estava registrado em nome de Francisco Wanderley Luiz, que foi candidato a vereador pelo PL (Partido Liberal) nas eleições municipais de 2020. Com 98 votos naquela disputa, ele não se elegeu. Dias atrás, ele alugou um imóvel na região de Ceilândia (DF).
  2. Depois, outra explosão. Esta, na Praça dos Três Poderes (que fica entre o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto). Um homem morreu –e este homem seria o próprio Francisco Wanderley Luiz.
  3. A vice-governadora do DF (e governadora em exercício), Celina Leão, disse em entrevista coletiva de imprensa na mesma quarta-feira (13) que Francisco Wanderley Luiz tentou entrar no STF antes das explosões. Foi impedido.
    1. Segundo depoimento de um vigilante, Francisco Wanderley Luiz teria jogado "2 ou 3" artefatos embaixo da marquise do STF, que estouraram, e mostrado que tinha explosivos presos ao corpo. Em seguida, deitou-se no chão e acionou um outro artefato que carregava consigo. Assim morreu.
  4. O BO (Boletim de Ocorrência) menciona que Francisco Wanderley Luiz compartilhou mensagens pelo WhatsApp que antecipavam o que ocorreria.

No momento das explosões:

  • Câmara e Senado tinham sessões em andamento. Ambas foram suspensas.
    • Especificamente no caso da Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) presidia a sessão e tentou mantê-la, apesar das explosões. Só encerrou os trabalhos depois de protestos de deputados do PSOL. Sóstenes é um dos principais líderes da bancada evangélica e queria votar a PEC (proposta de emenda à Constituição) que aumenta a isenção fiscal das igrejas.
  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já não estava mais no Planalto.
  • A sessão do STF já tinha sido finalizada.

Depois das explosões:

  • Lula se reuniu com os ministros do STF Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin em sua residência oficial, o Palácio da Alvorada.
  • O diretor-geral da PF (Polícia Federal), Andrei Rodrigues também se reuniu com Lula no Alvorada.
  • A PF abriu inquérito para investigar as explosões. O caso está sendo tratado como ato terrorista.
  • A segurança do local das explosões, ponto em comum entre as sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, será reforçada.
  • Agentes das polícias Federal e Militar foram à casa alugada por Francisco Wanderley Luiz para buscas com cães farejadores.
  • O esquadrão antibombas foi ao local das explosões para fazer uma varredura e se certificar de que não havia mais artefatos.

Não houve feridos, além de Francisco Wanderley Luiz, que já tinha passagens anteriores pela polícia. Ele foi preso em flagrante em dezembro de 2012 por contravenção.

Naquela ocasião, Francisco Wanderley Luiz pagou fiança, mas o MP (Ministério Público) ofereceu denúncia contra ele 1 mês depois. Chegou a ficar em "prisão-albergue" (quando pode trabalhar durante o dia, mas tem que retornar à noite para a detenção). A condenação foi revogada em agosto de 2014.

O que vem agora?

  • As explosões ocorrem às vésperas do encontro do G20 (grupo formado pelos países com as 20 maiores economias do mundo), no Rio de Janeiro. São esperados chefes de Estado, como os presidentes dos Estados Unidos (🇺🇸), Joe Biden, e da China (🇨🇳), Xi-Jinping. Por isso, a segurança deve ser reforçada.
  • Aguardaremos novas informações, a partir das investigações policiais. Exemplos: Quais as motivações do provável atentado? O suspeito agiu sozinho? São perguntas que devem ser respondidas.
  • Será necessário aguardar como as diferentes autoridades de distintos Poderes vão se posicionar e agir.

*Este conteúdo pode ser atualizado a qualquer momento com novas informações.


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