#839: STF propõe reajuste de 18% a si mesmo

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Sabiá #839: STF propõe reajuste de 18% a si mesmo

Proposta tem que ser aprovada pelo Congresso e, se assim for, aumentará salários de todo o funcionalismo
Na curadoria do Correio Sabiá: Ministros durante a sessão plenária do STF.  Foto: Carlos Moura/SCO/STF
Ministros durante a sessão plenária do STF / Foto: Carlos Moura/SCO/STF
Neste resumo você encontrará alguns desses tópicos:
  • STF aprova envio ao Congresso de proposta de reajuste de 18% que vale para os próprios integrantes da Corte; ministros também aprovam Rosa Weber como presidente do Supremo a partir de 12 de setembro;
  • No período acumulado de 12 meses, 12 de 13 produtos da cesta básica apresentam altas; batata, leite e café lideram subida de preço; Por outro lado, em julho, cesta cai em 10 de 17 cidades;
  • Ibovespa volta a subir forte e supera patamar de 110 mil pontos, enquanto dólar cai mais uma vez e fecha cotado a R$ 5,08%

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STF propõe reajuste de 18% no salário dos próprios integrantes da Corte

O STF (Supremo Tribunal Federal), por unanimidade, aprovou o envio de uma proposta de 18% de reajuste para os próprios integrantes da Corte e para demais servidores do Judiciário.

Para ficar claro: houve a aprovação do envio ao Congresso. A proposta, em si, precisará ser analisada pelos congressistas, que poderão aprová-la ou não

Um ministro do STF recebe, atualmente, R$ 39.293,32. É o teto do funcionalismo público. No entanto, se aplicado o reajuste de 18%, o teto passará a ser de R$ 46,3 mil. Em cadeia, todo o funcionalismo público passa a poder ter os salários elevados também.

Importante ressaltar, como observação, que esse reajuste seria feito em 4 parcelas, começando em abril de 2023 e terminando em julho de 2024. Ou seja, o vencimento atual seria reajustado aos poucos até chegar ao valor final que seria da ordem de R$ 46,3 mil.

Falando no STF, a ministra Rosa Weber foi eleita nova presidente do Supremo e vai substituir o presidente da Corte, Luiz Fux, a partir do dia 12 de setembro, daqui a 1 mês. O vice-presidente do STF será o ministro Luís Roberto Barroso.

Ministra Rosa Weber durante sessão da 1ª Turma do STF. Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Ministra Rosa Weber durante sessão da 1ª Turma do STF / Foto: Nelson Jr./SCO/STF

12 dos 13 itens da cesta básica acumulam alta nos últimos 12 meses

Enquanto isso, um recorte feito pela reportagem do portal G1 com base nos dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) mostrou que o valor da maioria dos itens da cesta básica –mais precisamente 12 de um total de 13– teve alta no período acumulado de 12 meses. 

Exemplos de altas em 12 meses:

  • batata: 66,82%
  • leite: 66,46%
  • café: 58,12%

Já os dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostram que, em julho, a cesta básica caiu de valor na maioria das cidades, 10 em 17. Veja abaixo as quedas mais expressivas:

  1. Natal (-3,96%)
  2. João Pessoa (-2,40%)
  3. Fortaleza (-2,37%)
  4. São Paulo (-2,13%)

Por outro lado, apesar da queda relevante, São Paulo ainda é a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresenta o maior custo: R$ 760,45.

Entre os produtos que mais aumentaram de preço, segundo o Dieese, está o leite, que subiu nas 17 cidades pesquisadas; o pão francês subiu em 16 das 17 cidades; a banana, em 15 municípios.

Detalhe: o valor do leite disparou bem acima dos outros itens. Eis as cidades onde o preço desse item mais aumentou:

  1. Vitória (35,49%)
  2. Salvador (35,23)
  3. Aracaju (32,55%)
  4. Natal (30,95%)
Foto: Peter Bond/Unsplash
Apesar da deflação em julho, maior parte dos itens do IPCA tiveram alta em julho / Foto: Peter Bond/Unsplash

Esses resultados são relevantes para entender melhor o cenário em que se encontram os preços no Brasil, depois de o IPCA apontar a maior deflação da história do país em julho, como mostramos no Correio Sabiá

Deflação é uma inflação ao contrário. Ou seja, se a inflação é a alta dos preços, a deflação é justamente a queda.

Se quiser saber melhor o que é deflação, quais os seus efeitos e se ela é boa ou não, leia este artigo que publicamos no Correio Sabiá para que você realmente entender o noticiário. 

A queda geral nos preços ocorreu, principalmente, em função do segmento de Transportes, que despencou 4,51% no valor geral dos preços. Ao todo, no IPCA, há 9 grandes grupos cujos preços são medidos. Desses 9, só 2 tiveram redução de preço. Um deles foi Transportes. O outro, Habitação. 

Ibovespa recupera patamar de 110 mil pontos

Falando em alta, o Ibovespa continuou subindo forte e recuperou aquele patamar de 110 mil pontos. Agora, o índice subiu no pregão desta quarta-feira (10), exatamente, 1,46% e chegou aos 110.235 pontos. Já o dólar caiu 0,87%, a R$ 5,08.

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