#827 Como foi o lançamento da candidatura de Bolsonaro pelo PL
Presidente enalteceu mulheres, criticou adversários, elogiou Lira e renovou promessas
PL formaliza candidatura de Bolsonaro no Rio de Janeiro
O PL (Partido Liberal) lançou, oficialmente, a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição neste domingo (24), num evento no Maracanazinho, no Rio de Janeiro, para cerca de 10 mil pessoas.
No mesmo evento, o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Walter Souza Braga Netto foi confirmado como vice na chapa com Bolsonaro. Só que Braga Netto, como de costume, não discursou.
Ele ficou no palco junto com várias autoridades, incluindo integrantes do chamado Centrão (grupo de partidos políticos sem coloração ideológica bem definida).
Entre essas autoridades estava, por exemplo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que foi vaiado no evento. Só que Bolsonaro, em seu discurso, elogiou o presidente da Câmara, a quem chamou de “amigo de longa data”.
Outras autoridades que também estavam presentes foram:
- senador Fernando Collor (PTB-AL);
- ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), que é senador licenciado pelo PP do Piauí;
- ministro Fábio Faria (Comunicações), deputado federal licenciado pelo PP do Rio Grande do Norte;
- senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho 01 do presidente Jair Bolsonaro;
- deputada federal Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pré-candidata ao Senado.
Aliás, Bolsonaro deu destaque especial à Tereza Cristina e ficou abraçado com ela durante uma parte do seu discurso, o que pode ser interpretado como um gesto político para se aproximar do eleitorado feminino, com o qual ele enfrenta mais resistência.
Além de exaltar as mulheres, Bolsonaro também renovou promessas em seu discurso. Ele sugeriu, por exemplo, a continuidade do Auxílio Brasil no valor de R$ 600. O benefício social foi ampliado, mas a princípio a medida só vale até o fim desse ano.
Além disso, Bolsonaro também subiu o tom contra adversários, criticou diversas vezes o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é seu principal adversário na corrida presidencial, e convocou seus apoiadores a fazerem uma nova manifestação no 7 de Setembro.
O presidente também criticou integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) e governadores, principalmente aqueles do Nordeste, dizendo que a população “experimentou um pouquinho” o que é ditadura durante a pandemia, quando alguns chefes estaduais determinaram medidas de isolamento social.
Num determinado momento, Bolsonaro disse que “nem em guerra se fecha uma igreja ou templo religioso”, num outro aceno ao seu eleitorado: os evangélicos.
- Leia a íntegra do discurso de Bolsonaro na convenção do PL;
Quem também discursou foi a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que direcionou o seu discurso, justamente, ao eleitorado evangélico.
Avante lança candidatura de André Janones; MDB lança Simone Tebet na quarta-feira (27)
No final de semana, o Avante lançou a candidatura do deputado federal André Janones (MG) à Presidência.
Nesta semana, deve haver notícias sobre o MDB, que tem a convenção marcada para o dia 27 para oficializar a indicação da senadora Simone Tebet (MDB-MS).
O problema: vários caciques do MDB que querem apoiar Lula no 1º turno, motivo pelo qual o ex-presidente Michel Temer (MDB) chegou até a se reunir com o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi (SP).
Chamado de “golpista” pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Temer disse ser difícil o apoio neste 1º momento.
Moraes manda prender ex-candidato a vereador
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mandou prender o ex-candidato a vereador Ivan Pinto na última sexta-feira (22).
Ele concorreu ao cargo em Belo Horizonte, Minas Gerais, pelo PSL, antigo partido do presidente Jair Bolsonaro. Atualmente, é filiado ao União Brasil.
Pinto foi acusado de ameaçar o Estado Democrático de Direito com ataques ao STF e a políticos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que “liberdade de expressão não é agressão”.
Por fim, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que a varíola dos macacos é uma emergência global. Houve mais de 16 mil casos registrados em 75 países.
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