Câmara mantém mandatos de Glauber Braga e Carla Zambelli

Explicamos os detalhes e o contexto de cada caso

Câmara mantém mandatos de Glauber Braga e Carla Zambelli
Imagem: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
Índice

O essencial

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (10.dez.2025) manter os mandatos da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).

Saiba mais sobre cada caso

A seguir, explicamos o contexto de cada caso.

Carla Zambelli

A deputada federal Carla Zambelli foi condenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 10 anos de prisão em maio de 2025 por ter comandado uma invasão a sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

A deputada federal fugiu para a Itália por ter dupla cidadania. Foi presa a pedido do governo brasileiro e, neste momento, aguarda julgamento de extradição.

Ao todo, 227 deputados votaram pela sua cassação –30 votos a menos do que o mínimo necessário para cassá-la. Já outros 170 congressistas votaram contra.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), disse que vai recorrer ao STF contra a manutenção do mandato da congressista, já que a própria Corte definiu a perda automática do mandato por causa da ausência de Zambelli nas sessões do Congresso desde que fugiu do país.

Em outro processo no STF, a deputada já tinha sido condenada a 5 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma.

A condenação ocorreu na véspera do 2º turno da eleição presidencial de 2022, quando Zambelli, correndo, perseguiu um manifestante opositor pelas ruas de São Paulo com uma arma na mão, apontando para o indivíduo.

A deputada federal Carla Zambelli durante oitiva de testemunha no dia 24.set.2025 / Imagem: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

Glauber Braga

O deputado federal Glauber Braga foi acusado de quebra de decoro por agredir um militante do MBL (Movimento Brasil Livre) dentro do plenário da Câmara.

Em abril de 2024, Glauber expulsou com empurrões e chutes o militante Gabriel Costenaro. O ato foi filmado e motivou uma representação do partido Novo no Conselho de Ética.

Braga alegou que reagiu ao militante após sucessivas ofensas dirigidas à sua mãe, que na época estava com saúde debilitada e, posteriormente, faleceu. Segundo ele, isso teria desencadeado sua reação.

Por 318 votos a 141 (e 3 abstenções), a Câmara aprovou a suspensão por 6 meses do seu mandato. Esta foi uma alternativa à cassação do mandato proposta pelo PT (Partido dos Trabalhadores) ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

O deputado federal Glauber Braga na cadeira de presidente da Câmara no dia 9.dez.2025 / Imagem: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

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Correio Sabiá
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