Baixe os arquivos da delação premiada de Mauro Cid

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), tornou pública a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens (espécie de "faz-tudo") do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Uma delação premiada (ou acordo de colaboração premiada) envolve dar informações em troca de ter sua eventual pena atenuada. Ou seja, receber uma pena mais branda.

Existe uma observação importante que o Correio Sabiá faz para seus leitores: uma delação, em si, não é prova de nada. Portanto, a delação deve estar acompanhada de provas substanciais que ajudem a configurar um crime.

Até então, a delação de Mauro Cid estava sob sigilo. Quando uma delação está sob sigilo e vazam notícias na imprensa sobre o que supostamente o delator disse, as pessoas mencionadas têm sua defesa minada, porque não têm acesso ao teor do que está sendo de fato delatado.

Parte do trabalho técnico que o Correio Sabiá faz é mostrar documentos na íntegra. Isso vale para projetos de lei, pesquisas científicas, minutas e quaisquer outros arquivos.

Diante do interesse da nossa Comunidade de leitores para assuntos políticos, liberamos abaixo a delação completa de Mauro Cid para download. Comprimimos os 4 arquivos num só, em zip.

O arquivo comprimido abaixo tem cerca de 300 MB. Contém 4 PDFs da delação premiada de Mauro Cid, com os seguintes tamanhos: 274MB, 111,5MB, 42,2MB e 2,8MB.

Outra parte relevante do trabalho do Correio Sabiá é educar a audiência sobre assuntos ambientais e políticos. Por isso, antes de avançar na possibilidade do download, fizemos uma introdução sobre delação premiada.

No Brasil, toda e qualquer pessoa tem direito à presunção de inocência. Somos a favor do respeito ao Estado Democrático de Direito e, consequentemente, ao direito à plena defesa.

Resumo da delação premiada de Mauro Cid

Para te ajudar a entender o caso, consultamos o Perplexity, ferramenta de AI (inteligência artificial), para pesquisar e organizar pontos relevantes da delação premiada de Mauro Cid.

Todo o trabalho abaixo foi conduzido por um humano, desde a consulta à escrita do texto, apuração de informações e seleção de tópicos. A AI entrou como assistente para tornar o trabalho melhor, aumentando a qualidade e concisão do que é entregue para você. Saiba mais sobre nossas Políticas de Uso de AI.

De acordo com a delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid:

• Revelou detalhes sobre uma suposta trama para dar um golpe de Estado em 2022, incluindo uma reunião em Brasília para discutir "manifestações" e mobilização de caminhoneiros.
• Disse que recebeu dinheiro do general Walter Braga Netto, então ministro da Defesa, numa sacola de vinho no Palácio da Alvorada (residência oficial da Presidência), supostamente para financiar um golpe. Braga Netto foi também ministro da Casa Civil e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.
• Declarou que Bolsonaro solicitou monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
• Falou que foi (ele próprio) aos Estados Unidos para vender relógios e joias a mando de Bolsonaro, rendendo US$ 86 mil. O objetivo, segundo ele, seria vender as joias para pagar multas e despesas pessoais de Bolsonaro.

Em troca da colaboração, Cid pediu perdão judicial ou pena máxima de 2 anos, além de proteção para sua família e restituição de bens apreendidos.

A delação de Cid foi um elemento-chave na denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Bolsonaro e mais 33 pessoas por crimes como tentativa de golpe de Estado. Leia sobre a denúncia e entenda ainda mais o caso.