#1884: Quem são os deputados por trás do projeto que equipara o aborto ao homicídio?

Listamos os autores e ampliamos o contexto sobre o aborto

#1884: Quem são os deputados por trás do projeto que equipara o aborto ao homicídio?
Projeto sobre aborto foi apresentado no dia 17.mai.2024, auge das enchentes no Rio Grande do Sul / Imagem: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Link copiado!
Bem-vindo ao resumo de notícias enviado pelo Correio Sabiá no WhatsApp. Receba gratuitamente aqui. Saia quando quiser, se quiser.

🤰🏾 Aborto. O número do PL (projeto de lei) que equipara o aborto ao homicídio é 1.904/2024. 📃 Ou seja, foi apresentado em 2024, mais precisamente no dia 17 de maio, por iniciativa do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). 🎩📅 Nessa data, o país inteiro se preocupava praticamente apenas com uma tarefa: ajudar as vítimas da tragédia socioambiental do Rio Grande do Sul. ⛈️

  • Quer ver o projeto na íntegra? A gente separou o link para você. Clique aqui.

👥 Quem são os 33 deputados autores do projeto sobre aborto?

  • Abilio Brunini – (PL-MT)
  • Alden – (PL-BA)
  • Bia Kicis – (PL-DF)
  • Bibo Nunes – (PL-RS)
  • Carla Zambelli – (PL-SP)
  • Cezinha de Madureira – (PSD-SP)
  • Coronel Fernanda – (PL-MT)
  • Cristiane Lopes – (União-RO)
  • Dayany Bittencourt – (União-CE)
  • Eduardo Bolsonaro – (PL-SP)
  • Eli Borges – (PL-TO)
  • Ely Santos – (Republicanos-SP)
  • Eurico – (PL-PE)
  • Evair Vieira de Melo – (PP-ES)
  • Filipe Martins – (PL-TO)
  • Franciane Bayer – (Republicanos-RS)
  • Fred Linhares – (Republicanos-DF)
  • Frederico – (PRD-MG)
  • Gilvan da Federal – (PL-ES)
  • Greyce Elias – (Avante-MG)
  • Julia Zanatta – (PL-SC)
  • Junio Amaral – (PL-MG)
  • Lêda Borges – (PSDB-GO)
  • Luiz Ovando – (PP-MS)
  • Mario Frias – (PL-SP)
  • Nikolas Ferreira – (PL-MG)
  • Palumbo – (MDB-SP)
  • Paulo Bilynskyj – (PL-SP)
  • Pezenti – (MDB-SC)
  • Ramagem – (PL-RJ)
  • Renilce Nicodemos – (MDB-PA)
  • Simone Marquetto – (MDB-SP)
  • Sóstenes Cavalcante – (PL-RJ)

Mais. O projeto equipara aborto a homicídio após 22 semanas de gestação e vale até para casos em que a interrupção da gravidez é permitida por lei. ⚖️🚨 São 3 casos assim: feto anencéfalo, risco de vida à mãe e mulher vítima de estupro. 📜✅ (O aborto é proibido no Brasil, exceto em casos como esses). Com a proposta, vítimas de estupro podem ser condenadas a até 20 anos de prisão. 🚔 Exatamente: a mulher poderia ser condenada a até 20 anos, enquanto o estuprador, a no máximo 10 anos. 👮🏻‍♂️ - Nexo 

‼️ Repetindo. A mulher que for estuprada e quiser interromper a gravidez após 22 semanas pode pegar uma pena maior que o próprio estuprador. ‼️ Ficou claro? Sigamos. ⤵️

📊 Dados. Há mais de 800 mil casos de estupro por ano no Brasil, de acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Isso significa que, a cada minuto, duas mulheres são estupradas no Brasil. ⏰ O maior número de casos é com jovens com cerca de 13 anos. 🤰🏾👧🏻

🎩 Política. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ontem (13) que, se o projeto for aprovado na Câmara, não ganhará pressa no Senado. 🐢📃 Ele criticou a urgência dada ao tema na Câmara, o que é uma forma de dar uma alfinetada no presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para quem entende as entrelinhas da política. 📌👀 Já o Lira começou a defender publicamente, em entrevistas a alguns jornalistas, que o texto não valha para os casos já previstos em lei. 🧐 - O Globo (Leitura: 3min)

🔍 Análise. Dar entrevista logo após a repercussão negativa e começar a fazer esclarecimentos diz tudo: a pauta pegou mal. 🤔 Só que Lira está de olho em emplacar seu sucessor na presidência da Câmara, e a bancada evangélica é forte cabo eleitoral. 🙏 Ele vai ter que achar uma saída para a sinuca: de um lado, a péssima repercussão junto à sociedade civil; do outro, agradar potenciais aliados. 🎱♟️ 


Apoie nossos voos

Fazemos um trabalho jornalístico diário e incansável desde 2018, porque é isso que amamos e não existe nada melhor do que fazer o que se ama. Somos movidos a combater a desinformação e divulgar conhecimento científico.

Fortalecemos a democracia e aumentamos a conscientização sobre a preservação ambiental. Acreditamos que uma sociedade bem-informada toma decisões melhores, baseadas em fatos, dados e evidências. Empoderamos a audiência pela informação de qualidade.

Por ser de alta qualidade, nossa operação tem um custo. Não recebemos grana de empresas, por isso precisamos de você para continuar fazendo o que mais gostamos: cumprir nossa missão de empoderar a sociedade civil e te bem-informado. Nosso jornalismo é independente porque ele depende de você.

Apoie o Correio Sabiá. Cancele quando quiser.