São Paulo terá exposição com cinzas de queimadas de 4 biomas
São Paulo recebe exposição de obras de arte feitas com cinzas de queimadas da Amazônia
Exposição também contempla cinzas de queimadas de outros 3 biomas: Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal
As queimadas na Amazônia são tema de uma exposição de arte gratuita em São Paulo que estará aberta ao público geral na passagem literária da Consolação do dia 5 ao dia 30 de outubro. Serão mais de 200 obras de 152 artistas de 11 estados brasileiros –todas feitas com cinzas de queimadas de 4 grandes biomas brasileiros: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal.
Todas as obras estarão à venda, e os recursos arrecadados serão revertidos para a RNBV (Rede Nacional de Brigadas Voluntárias), contribuindo com a estruturação da RNBV e apoio aos brigadistas.
“Esta exposição é uma denúncia com a floresta em pó e um grito pela floresta em pé”, disse o artista de rua Thiago Mundano num comunicado (leia a íntegra) enviado à imprensa e recebido pelo Correio Sabiá. Mudando coletou as cinzas durante uma expedição de mais de 10 mil km realizada no ano passado.
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Amazônia: número de focos de queimadas até setembro de 2022 é o maior dos últimos 12 anos
Como mostramos numa reportagem do Correio Sabiá, a Amazônia acumula em 2022 (de 1º de janeiro a 27 de setembro), o maior número de focos de queimadas dos últimos 12 anos, de acordo com dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Ou seja, desde 2010 não se verificava tantos focos de queimadas na região.
- Ao todo, já são 85.150 focos de queimadas em 2022, de 1º de janeiro a 27 de setembro;
- Em 2010, no mesmo período, houve 96.837 focos;
- Em 2021, ano passado, nesse mesmo período, houve 55.048 focos;
- Portanto, o aumento deste ano em relação a 2021 é de 55%.
O levantamento ainda aponta que nos 27 primeiros dias de setembro deste ano, a Amazônia teve 39.128 focos de queimadas. O aumento é de 150% em comparação aos 15.624 focos detectados no mesmo período de setembro de 2021.
“Ainda é tempo de entender que a floresta vale mais em pé, que não há necessidade de queimadas e desmatamento, pois já temos muitas áreas abertas improdutivas”, disse num comunicado (leia a íntegra) o diretor de Restauração e Conservação do WWF-Brasil, Edegar de Oliveira.
Como parte do nosso compromisso de divulgar a Ciência, repercutimos no Correio Sabiá uma pesquisa que mostrou que restaurar pasto degradado custa até 72% menos do que desmatar novas áreas.
Apesar de a Amazônia chamar atenção por seu tamanho, outros biomas têm sofrido com o mesmo problema do desmatamento. Também mostramos no Correio Sabiá que o Cerrado, por exemplo, dobrou o desmatamento no mês de junho.
Em caso de dúvidas, o leitor pode entrar em contato com o Correio Sabiá pelo e-mail redacao@correiosabia.com.br.
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