O que vem agora, depois do primeiro turno?

O que vem agora, depois do primeiro turno?
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O que vem agora, depois do primeiro turno?

Candidatos à Presidência vão em busca de apoio de partidos e/ou candidatos derrotados
Resultado eleitoral do primeiro turno, com Lula na frente de Bolsonaro / Reprodução/TSE
Resultado eleitoral do primeiro turno, com Lula na frente de Bolsonaro / Reprodução/TSE
Assobio: esta publicação substitui a curadoria de notícias desta segunda-feira (3.out.2022).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) disputarão o 2º turno da eleição presidencial. Eles tiveram, respectivamente, 48,4% e 43,2% dos votos válidos do pleito. Mas e agora que acabou o primeiro turno? O que deve acontecer? É isso o que o Correio Sabiá vai mostrar para que você realmente entenda o noticiário e comece o seu dia muito bem informado/a.

  • A campanha do ex-presidente Lula tentará conter a frustração daqueles que esperavam uma vitória já no 1º turno e buscar o apoio da candidata derrotada Simone Tebet (MDB). Haverá reunião da coordenação de campanha, às 15h, em São Paulo (SP).
  • Já Bolsonaro deve buscar o apoio governador de Minas Gerais reeleito Romeu Zema (Novo) e do União Brasil. O presidente não definiu sua agenda até a publicação desta reportagem.

Simone Tebet disse que vai definir um lado. Ciro Gomes (PDT), que ficou em 4º lugar e teve a sua pior votação em 4 eleições presidenciais, pediu “algumas horas” para definir apoio no 2º turno. Até agora nada.

Ciro foi criticado pela esquerda por estar no campo progressista e, na eleição passada, ter ido a Paris (França) durante o 2º turno, ao invés de apoiar e se engajar na campanha do então candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) contra Bolsonaro.

  • Clique aqui para acessar a Agenda da Semana, onde você encontrará os principais eventos políticos e econômicos esperados para hoje e para os próximos dias.

Os dados da eleição deste domingo (3) mostram uma configuração mais conservadora do que progressista, principalmente numa análise do Senado, onde Bolsonaro historicamente teve maior oposição durante seu mandato. Foi no Senado onde ocorreu a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pandemia, por exemplo.

Agora, o presidente conseguiu eleger 4 de seus ex-ministros para a Casa. Além disso, o seu ex-secretário de Pesca, a quem costumava chamar de “ministro”, também foi eleito para o Senado.

Ao todo, só o PL (partido de Bolsonaro) conseguiu eleger 8 senadores, de um total de 27. Já o PT elegeu metade (4).

Nos estados, porém, o PT conseguiu eleger 3 governadores, enquanto o PL elegeu 1. No entanto, 2 ex-ministros de Bolsonaro estão no 2º turno para governos estaduais. Além disso, PT, PL, PSDB e União Brasil estão com 4 candidatos na disputa pelo 2º turno estadual.

Parênteses: o PSDB não elegeu nenhum senador nem governador.

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Dados da eleição que talvez você não saiba

  • 4 ex-ministros de Bolsonaro e o ex-secretário de Pesca foram eleitos para o Senado
  • 2 ex-ministros de Bolsonaro estão no 2º turno para governador
  • O PL elegeu 1 governador
  • O PT elegeu 3 governadores
  • O PSDB não elegeu governador nem senador
  • PSDB, PT, PL e União Brasil estão no 2º turno em 4 estados
  • Em Santa Catarina, PT e PL disputam o 2º turno 
  • 12 estados terão 2º turno para governador
  • O PL elegeu 8 senadores
  • O PT elegeu 4 senadores
  • O União Brasil elegeu 5 senadores

Saiba a lista de senadores eleitos

  • Acre: Alan Rick (União Brasil) – 154.312 votos (37,46%)
  • Alagoas: Renan Filho (MDB) – 845.988 votos (56,92%)
  • Amapá: Davi Alcolumbre (União Brasil) – 196.087 votos (47,88%)
  • Amazonas: Omar Aziz (PSD) – 783.539 votos (41,42%)
  • Bahia: Otto Alencar (PSD) – 4.218.333 votos (58,31%)
  • Ceará: Camilo (PT) – 3.389.513 votos (69,76%)
  • Distrito Federal: Damares Alves (Republicanos) – 714.562 votos (44,98%)
  • Espírito Santo: Magno Malta (PL) – 821.189 votos (41,95%)
  • Goiás: Wilder Morais (PL) – 799.022 votos (25,25%)
  • Maranhão: Flávio Dino (PSB) – 2.125.811 votos (62,41%)
  • Mato Grosso: Wellington Fagundes (PL) – 825.229 votos (63,54%)
  • Mato Grosso do Sul: Tereza Cristina (PP) – 829.149 votos (60,85%)
  • Minas Gerais: Cleitinho (PSC) – 4.268.193 votos (41,52%)
  • Paraná: Sergio Moro (União Brasil) – 1.953.188 votos (33,50%)
  • Paraíba: Efraim Filho (União Brasil) – 617.477 votos (30,82%)
  • Pará: Beto Faro (PT) – 1.781.582 votos (42,55%)
  • Pernambuco: Teresa Leitão (PT) – 2.061.276 votos (46,12%)
  • Piauí: Wellington Dias (PT) – 962.194 votos (51,34%)
  • Rio de Janeiro: Romário (PL) – 2.384.331 votos (29,19%)
  • Rio Grande do Norte: Rogério Marinho (PL) – 708.351 votos (41,85%)
  • Rondônia: Jaime Bagattoli (PL) – 293.488 votos (35,80%)
  • Roraima: Dr. Hiran (PP) – 118.760 votos (46,43%)
  • Santa Catarina: Jorge Seif (PL) – 1.484.110 votos (39,79%)
  • São Paulo: Astronauta Marcos Pontes (PL) – 10.714.913 votos (49,68%)
  • Tocantins: Professora Dorinha (União Brasil) – 395.408 votos (50,42%)

Saiba a lista de governadores eleitos em primeiro turno

  • Acre: Gladson Cameli (PP) – 242.100 votos (56,75%)
  • Amapá: Clécio (Solidariedade) – 222.168 votos (53,69%)
  • Ceará: Elmano Freitas (PT) – 2.808.300 votos (54,02%)
  • Distrito Federal: Ibaneis Rocha (MDB) – 832.633 votos (50,30%)
  • Goiás: Ronaldo Caiado (União Brasil) – 1.806.892 votos (51,81%)
  • Maranhão: Carlos Brandão (PSB) – 1.769.187 votos (51,29%)
  • Mato Grosso: Mauro Mendes (União Brasil) – 1.114.549 votos (68,45%)
  • Minas Gerais: Romeu Zema (Novo) – 6.094.136 votos (56,18%)
  • Paraná: Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) – 4.243.292 votos (69,64%)
  • Pará: Helder Barbalho (MDB) – 3.117.276 votos (70,41%)
  • Piauí: Rafael Fonteneles (PT) – 1.115.139 votos (57,17%)
  • Rio de Janeiro: Cláudio Castro (PL) – 4.930.288 votos (58,67%) x 
  • Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra (PT) – 1.066.496 votos (58,31%)
  • Roraima: Antonio Denarium (PP) – 163.167 votos (56,47%)
  • Tocantins: Wanderlei Barbosa (Republicanos) – 481.496 votos (58,14%)

Saiba os estados onde haverá segundo turno

  • Alagoas: Paulo Dantas (MDB) – 708.984 votos (46,64%) x Rodrigo Cunha (União Brasil) – 407.220 votos (26,79%)
  • Amazonas: Wilson Lima (União Brasil) – 819.021 votos (42,80%) x Eduardo Braga (MDB) – 401.722 votos (21%)
  • Bahia: Jerônimo (PT) – 4.019.830 votos • 49,45% x ACM Neto (União Brasil) – 3.316.711 votos • 40,80%
  • Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB) – 976.652 votos (46,94%) x Manato (PL) – 800.598 votos (38,48%)
  • Mato Grosso do Sul: Capitão Contar (PRTB) – 384.275 votos (26,71%) x Eduardo Riedel (PSDB) – 361.981 votos (25,16%)
  • Paraíba: João (PSB) – 863.174 votos (39,65%) x Pedro Cunha Lima (PSDB) – 520.155 votos (23,90%)
  • Pernambuco: Marília Arraes (Solidariedade) – 1.175.651 votos (23,97%) x Raquel Lyra (PSDB) – 1.009.556 votos (20,58%)
  • Rio Grande do Sul: Onyx Lorenzoni (PL) – 2.382.026 votos (37,50%) x Eduardo Leite (PSDB) – 1.702.815 votos (26,81%)
  • Rondônia: Coronel Marcos Rocha (União Brasil) – 330.656 votos (38,88%) x Marcos Rogerio (PL) – 315.035 votos (37,05%)
  • Santa Catarina: Jorginho Mello (PL) – 1.575.912 votos (38,61%) x Décio Lima (PT) – 710.859 votos (17,42%)
  • Sergipe: Rogério Carvalho (PT) – 338.796 votos (44,70%) x Fábio (PSD) – 294.936 votos (38,91%)
  • São Paulo: Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 9.881.995 votos (42,32%) x Fernando Haddad (PT) – 8.337.139 votos (35,70%)

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