#930: Entenda como é a volta dos trabalhos no Congresso

#930: Entenda como é a volta dos trabalhos no Congresso
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#930: Entenda como será a volta dos trabalhos no Congresso Nacional

Saiba quais são as decisões a serem tomadas pelos congressistas logo no fim do recesso parlamentar
Fachada do Congresso Nacional / Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Sabiá: Congressistas tomam posse de seus mandatos nesta quarta-feira (1º.fev.2023) / Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Assobio: esta reportagem foi publicada originalmente no dia 31 de janeiro de 2023, às 19h45, mas recebeu atualizações para deixá-lo/a mais bem informado.

Deputados federais e senadores eleitos em outubro de 2022 tomam posse de seus mandatos nesta quarta-feira (1º.fev.2023). Isso quer dizer que 513 deputados federais tomarão posse. Já no Senado, onde houve renovação de apenas 1/3 do total de 81 senadores da Casa, 27 senadores tomarão posse.

Desses 27 senadores, 4 comandam ministérios no governo federal. Eles deixarão temporariamente seus cargos nas pastas para assumir o mandato no Senado (e votar pela reeleição do atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco [PSD-MG]).

Eis a lista de ministros que tomarão posse no Senado:

  1. Camilo Santana (PT-CE), da Educação;
  2. Flávio Dino (PSB-MA), da Justiça e Segurança Pública;
  3. Renan Filho (MDB-AL), dos Transportes; e
  4. Wellington Dias (PT-PI), do Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome.

Na mesma data em que os congressistas tomam posse de seus mandatos (1º.fev.2023), serão definidos os presidentes das duas Casas do Congresso Nacional –a Câmara e o Senado. A tendência é que sejam reeleitos os atuais presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

No caso da disputa pela presidência da Câmara, Lira era aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), , que está nos Estados Unidos sem previsão de retorno. Inclusive, Lira foi eleito com amplo apoio do antigo governo federal. Ganhou, no entanto, o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A recondução ao cargo é dada como certa.

Já no caso da disputa pela presidência do Senado, a eleição está mais acirrada. O ex-presidente Jair Bolsonaro tem atuado para emplacar no cargo o seu antigo ministro do Desenvolvimento Regional, o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN). O caso tem sido tratado por parte da imprensa como uma espécie de “3º turno” entre Lula e Bolsonaro.

Mesmo assim –e mesmo com um Senado que elegeu diversos bolsonaristas na última eleição– Pacheco deve ser reconduzido ao cargo. A votação é feita pelos 81 senadores e é secreta (*nota: por ser secreta, há espaço para que haja traições).

Outro candidato à presidência do Senado (que corre por fora) é o senador Eduardo Girão (Podemos-CE). Como é considerado praticamente “carta fora do baralho”, Girão escuta dos colegas pedidos para que desista da sua candidatura e apoie Marinho. A ideia é que unam forças para derrotar Pacheco. No entanto, até o momento de publicação desta curadoria, ele descarta desistir.

Nesta mesma quarta-feira (1º) também devem ser escolhidos os membros da Mesa Diretora em cada uma das duas Casas. São eles:

  • primeiro e segundo vice-presidentes; e
  • primeiro, segundo, terceiro e quarto secretários, com seus suplentes.

Se os congressistas não firmarem acordo na quarta-feira sobre os integrantes da Mesa, a eleição para a Mesa fica para o dia seguinte, quinta-feira (2).

Aliás, a 1ª sessão legislativa deste ano ocorre na quinta-feira (2), quando há uma solenidade. O evento está marcado para as 15h no Plenário da Câmara.

Além dos congressistas, a sessão solene também tem representantes dos Poderes Executivo e Judiciário. Ou seja, é natural que haja presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber, por exemplo.

Quem declara inaugurada a sessão legislativa é o presidente do Congresso (eleito na tarde do dia anterior, quarta-feira). Após inaugurar a sessão, ele anuncia a leitura de uma mensagem enviada pelo presidente da República. O texto aponta pautas e projetos considerados prioritários pelo governo federal.

Além da posse dos congressistas, da votação para as presidências da Câmara e do Senado e da definição dos integrantes das Mesas Diretores, deputados federais e senadores também terão que decidir nos próximos dias as lideranças dos partidos e os blocos parlamentares.

Ainda terão que acertar os membros, presidentes e vice-presidentes das comissões temáticas permanentes das duas Casas.

Por fim, ainda a respeito da posse dos congressistas, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), rejeitou um pedido feito pelos advogados do Grupo Prerrogativas para barrar a posse de 11 deputados federais eleitos e alinhados a Bolsonaro, sendo 9 do PL, 1 do PP e 1 do PRTB. Eles são suspeitos de envolvimento nos atos com pautas golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.

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