#922: Esboço de decreto golpista e gastos com cartão corporativo
#922: Esboço de decreto golpista e cartão corporativo de Bolsonaro
Saiba as notícias mais relevantes desta sexta-feira (13) na curadoria do Correio Sabiá
A PF (Polícia Federal) encontrou na casa do ex-secretário de Segurança Pública do DF (Distrito Federal), Anderson Torres, a minuta de um decreto golpista. Em outras palavras, o texto era um esboço para instaurar estado de defesa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e, assim, não aceitar a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Torres é ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou prendê-lo. A maioria dos 11 ministros da Corte, numa decisão conjunta, concordou com o entendimento de Moraes. A prisão, no entanto, ainda não foi consumada porque Torres está na Flórida, nos Estados Unidos –por sinal, mesmo lugar que Bolsonaro.
Ex-secretário do DF e ex-ministro de Bolsonaro, Torres disse que a minuta que encontraram na sua casa devia estar numa pilha para descarte e que seria oportunamente triturada quando ele retornasse de viagem. Afirmou ainda que o documento foi tirado de contexto para sustentar alegações falaciosas.
Governo federal libera gastos com cartão corporativo de Bolsonaro
O governo federal liberou os gastos com o cartão corporativo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eram dados que faltavam, porque as despesas de outros presidentes já eram públicas. A liberação ocorreu no dia 6 de janeiro de 2023, mas só foi comunicada oficialmente nesta quinta-feira (12.jan).
O total gasto por Bolsonaro em seu mandato (4 anos) foi de R$ 27,6 milhões. Ou seja, quase R$ 8 milhões por ano em cartão corporativo. O valor é menor do que aquele gasto por Lula em seus 2 mandatos e pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em seu 1º mandato.
Eis a lista de gastos com cartão corporativo em cada mandato, já com valores corrigidos pela inflação:
- Lula 1 – R$59.075.679,77
- Lula 2 – R$47.943.615,34
- Dilma 1 – R$42.359.819,13
- Dilma 2 – R$10.212.647,25
- Temer – R$15.270.257,50
- Bolsonaro – R$32.659.369,02
Os gastos publicamente liberados contemplam o período de 2003 (início do 1º governo Lula) até 2022 (fim do governo Bolsonaro). Chamou a atenção de diversos veículos de imprensa que Bolsonaro gastou –inúmeras vezes– o valor de R$ 9 mil numa única padaria em São Paulo.
Governo Lula deve desistir de elevar salário mínimo até R$ 1.302 e manter piso em R$ 1.302
O governo Lula agora deve manter o salário mínimo neste ano em R$ 1.302, e não mais em R$ 1.320, como havia sido noticiado. O motivo disso é que, com R$ 1.302 o governo já garante o aumento acima da inflação, já que o piso anterior era de R$ 1.212. Essa foi uma promessa de campanha.
Houve um espaço reservado no Orçamento para contemplar a elevação de R$ 1.320, num total de R$ 7,7 bilhões. No entanto, por um aumento de benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), praticamente todo esse espaço orçamentário acabou sendo usado. A solução mais provável, agora, é que o governo mantenha o piso com uma elevação menor do que a anunciada, mas ainda assim acima da inflação –como prometido em campanha.
A informação foi, inicialmente, divulgada pela Folha de S.Paulo. Depois, as apurações de outros veículos de imprensa seguiu a mesma linha. Cabe ressaltar que, por enquanto, essa é uma tendência. Carece de confirmação oficial das autoridades. Porém, o ministro da Fazenda, Fernanda Haddad (PT), de fato não garantiu que o salário mínimo chegue a R$ 1.320 neste ano.
Haddad anuncia pacote de medidas econômicas
Haddad anunciou nesta quinta-feira (12.jan) o 1º pacote de medidas econômicas para tentar conter o rombo nas contas públicas. O impacto total das medidas seria de R$ 242,6 bilhões, de acordo com estimativas da pasta, sendo que R$ 156,2 bilhões seriam de impostos.
Ações da Americanas caem quase 80% num único dia
As ações da Americanas caíram 77% no pregão desta quinta-feira (12), um dia depois de a empresa fazer um comunicado relevante ao mercado com o qual informou “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões.
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