O maior partido do Brasil e as outras notícias da semana
Debates sobre anistia, fraude no INSS, Dia Nacional da Caatinga e queda do dólar. Saiba abaixo o contexto noticioso da semana, até o momento.

União Brasil e PP formam federação partidária
União Brasil e Progressistas (PP) formalizaram nesta terça-feira (29.abr.2025) uma federação partidária (na prática, é como se fossem um partido só por ao menos 4 anos). Assim, tornaram-se a maior força política do Congresso, com 123 congressistas (109 deputados e 14 senadores), superando o PL e a federação PT-PCdoB-PV.
O acordo entre as duas legendas define rodízio entre Antônio Rueda (União Brasil) e Arthur Lira (PP) no comando da bancada. A federação deve alinhar estratégias eleitorais para as eleições de 2026. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e a senadora Tereza Cristina (PP-MS), são cotados para a disputa presidencial.
Caiado, por exemplo, usou a ocasião de formalização da federação partidária para perguntar: "Como o maior partido não tem candidatura?" De acordo com ele, a federação União-PP vai se desligar do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reforçando o distanciamento do centrão em relação ao Executivo.
Debate sobre o projeto de anistia
O debate sobre o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 tem um novo desdobramento. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), escalou Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Sergio Moro (União Brasil-PR) e Alessandro Vieira (MDB-SE) para redigir um texto alternativo, que deve manter punições severas para as lideranças, mas pode aliviar ou anistiar manifestantes de menor envolvimento.
Fraude no INSS: Lupi deve ficar no cargo

O ministro Carlos Lupi (Previdência Social) tem sido pressionado desde que houve a revelação do esquema de fraude no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). No entanto, deve permanecer no cargo.
O então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, já foi demitido. E Lupi é uma das principais lideranças do PTB. Demiti-lo causaria um atrito político indesejado com a sigla, que apoia o governo, num momento em que o governo Lula encontra dificuldades de compor sua base no Congresso.
R$ 90 milhões para preservar a Caatinga
O governo federal anunciou nesta segunda-feira (28.abr) um investimento que soma R$ 90 milhões em diversas iniciativas para a preservação da Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro e que ocupa cerca de 10% do território nacional.
Entre os projetos, há o “Conecta Caatinga”, destinado a promover a conectividade de áreas protegidas e combater a desertificação, e o “Áreas Protegidas da Caatinga (Arca)”, focado na conservação de espécies ameaçadas e no engajamento de comunidades tradicionais.
Os anúncios ocorreram durante evento em Brasília que marcou o Dia Nacional da Caatinga, comemorado na própria segunda-feira (28), num esforço do governo brasileiro em mostrar compromisso com as metas de desmatamento zero e a redução de emissões de gases poluentes até 2035, em preparação para a COP30.
A COP30 será realizada em novembro em Belém, no Pará, um dos 9 estados que integram a Amazônia Legal. É o mais importante encontro global para discussão das mudanças climáticas.
Dólar cai pelo 8º dia seguido
O dólar fechou o pregão desta terça-feira (29) em queda de 0,32%, cotado a R$ 5,6307. Foi a 8ª sessão consecutiva de baixa. Já o Ibovespa, principal índice de ações do Brasil, subiu 0,06% e se manteve nas máximas do ano, aos 135.092,99 pontos.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou na mesma terça-feira (29) que não há desconforto com a meta de inflação de 3% ao ano. Atualmente, a projeção dos principais agentes do mercado financeiro, segundo o Boletim Focus, é que 2025 encerre com inflação de 5,5%. Portanto, acima do teto da meta (que é 4,5%).
Cenário externo desafiador, diz Banco Central
Além do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, apontar um cenário externo desafiador, um relatório do próprio Banco Central mostrou o mesmo. O documento indica a piora na percepção do mercado financeiro sobre o risco fiscal brasileiro.
O documento destaca preocupações com a sustentabilidade da dívida pública e alerta para possível estrangulamento orçamentário nos próximos anos, com risco de afetar políticas públicas importantes, incluindo fiscalização ambiental e programas sociais.
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